Polícia australiana prende 12 suspeitos de ligação com jihadistas do EI

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 23h19

Cairns (Austrália), 18 set (EFE).- Pelo menos 12 pessoas foram detidas na Austrália e estão sendo interrogadas por supostamente terem vínculos com grupos terroristas, entre eles jihadistas do Estado Islâmico (EI), em uma operação nacional coordenada pela Polícia Federal, informaram nesta quinta-feira (data local) fontes oficiais citadas pela imprensa.

Na operação, que envolveu cerca de 600 agentes, foram detidas pessoas supostamente vinculadas ao grupo jihadista em Sydney e Brisbane, onde vai acontecer em novembro a reunião de chefes de Estado e de governo do G20.

Segundo os relatórios policiais, os acusados estavam planejando uma decapitação em Sydney, informou a emissora australiana “ABC”.

“Esta foi uma grande operação que reflete os desafios que nós enfrentamos neste momento”, declarou Andrew Scipione, porta-voz da polícia do estado de Nova Gales do Sul.

Na última sexta-feira, a Austrália elevou o alerta de terrorismo para o nível “alto” diante da ameaça de atentados em meio à ofensiva internacional contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

O país da Oceania, que já realizou missões humanitárias no Iraque para oferecer ajuda às minorias étnicas ameaçadas pelos extremistas do EI, enviou no início da semana o primeiro contingente de tropas para combater os jihadistas.

Espera-se que aproximadamente 600 soldados australianos sejam transferidos para uma base localizada nos Emirados Árabes Unidos, além de vários caças e aviões de apoio, em resposta a um pedido dos EUA para contribuir na luta internacional contra o EI.

Segundo o governo australiano, cerca de 60 australianos integram as fileiras do Estado Islâmico, enquanto outros 100 trabalham ativamente na Austrália para dar apoio logístico ao grupo islâmico radical e recrutar jihadistas.

A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, sigla em inglês) calcula que o EI tem entre 20 e 31,5 mil combatentes em suas fileiras, entre o dobro e o triplo do que foi estimado antes do mês de maio deste ano. EFE

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