Polícia confirma 3 mortos e 4 feridos na operação de resgate em Sydney

  • Por Agencia EFE
  • 15/12/2014 17h11
Polícia invade local do sequestro na Austrália EFE Polícia invade local do sequestro na Austrália

A polícia da Austrália confirmou a morte de três pessoas, entre elas o sequestrador, e quatro feridos na operação para libertar os reféns mantidos nesta segunda-feira por um suposto clérigo muçulmano em uma cafeteria do centro de Sydney.

Duas das vítimas mortais são reféns, uma mulher de 38 anos e um homem de 34, e o outro é o sequestrador, Man Haron Monis, um autoproclamado clérigo muçulmano de origem iraniana, radicalizado e com antecedentes de violência, que protagonizou vários protestos na Austrália contra a intervenção militar no Afeganistão.

Os feridos são três mulheres, uma delas com ferimento de bala, e um agente policial, que estão sendo atendidos em hospitais da região. Outra mulher de 35 anos também foi hospitalizada como medida “preventiva”, segundo a polícia, que não a inclui na lista de feridos.

Entre os cerca de 20 reféns, havia uma brasileira, a personal trainer goiana Marcia Mikhael, cuja família informou no Facebook que ela está bem e em segurança.  Ela chegou a ligar para o filho do local do sequestro, informou a prima em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

Man Haron Monis, também conhecido como xeque Haron, entrou na segunda-feira de manhã no Lindt Chocolate Cafe, situado na área financeira Martin Place, e manteve como reféns as pessoas que estavam em seu interior, funcionários e clientes, durante 17 horas.

Entre suas primeiras ações obrigou duas pessoas a estender uma bandeira no vidro da entrada da cafeteria com uma mensagem escrita em árabe que dizia: “Não há outro Deus que Alá e Maomé é seu profeta”.

Logo em seguida, a polícia isolou a área, evacuou edifícios e estabeleceu contato com o sequestrador.

Os corpos de segurança decidiram intervir depois de cerca de 17 horas de sequestro, já na madrugada australiana, e atuaram pouco depois que cinco pessoas conseguiram deixar o estabelecimento.

Do lado de fora era possível ver a atividade de agentes e escutar várias rajadas de disparos que iluminaram o interior da cafeteria, além de uma explosão.

Em seguida, os reféns começaram a sair da cafeteria, alguns com as mãos levantadas. Segundo a emissora de TV “Channel 7”, foram sete as pessoas libertadas pelos agentes.

Ambulâncias e veículos de bombeiros se situaram nas imediações para atender aos feridos, dois dos quais necessitaram reanimação cardíaca.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, qualificou o sequestro como um ato com “motivações políticas” e se reuniu duas vezes ao longo do dia com o Comitê de Segurança Nacional.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.