Polícia reprime manifestantes em frente à embaixada dos EUA em Beirute

  • Por EFE
  • 11/12/2017 08h19
EFE Manifestantes queimam bandeira de Israel durante protesto em frente à embaixada dos EUA no Líbano

A polícia do Líbano reprimiu neste domingo os manifestantes que protestavam em frente à embaixada dos Estados Unidos em Beirute contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Os policiais lançaram gás lacrimogêneo e as equipes de Defesa Civil empregaram canhões de água para dispersar os manifestantes, que lançaram garrafas e atearam fogo em pneus e contêineres de lixo na área de Aukar, próxima à sede diplomática.

O responsável pela Cruz Vermelha Libanesa, Georges Ketaneh, informou à Agência Efe que sete pessoas foram levadas ao hospital, enquanto 42 foram atendidas no local da manifestação, que terminou ao meio-dia depois de várias horas de tensão entre manifestantes e policiais.

Além disso, a imprensa local afirmou que foram detidos vários manifestantes, convocados por grupos de diferentes tendências políticas, entre os que havia formações esquerdistas e islamitas libanesas, bem como fações palestinas.

O secretário-geral do partido comunista libanês, Hanna Gharib, disse à imprensa que “é necessário fechar a embaixada dos EUA (em Beirute)” e pediu que o governo libanês e os outros árabes detenham os programas de cooperação com Washington e expulsem os embaixadores americanas de seus respectivos países.

Perante a convocação do protesto em Beirute, as forças de segurança tomaram medidas preventivas e fecharam as ruas que levam à embaixada americana, razão pela qual os manifestantes se concentraram a mais de um quilômetro de distância do prédio.

Nos últimos dias ocorreram manifestações em vários países árabes e muçulmanos contra a decisão de Trump, que foi condenada também pelos líderes políticos da região e pela comunidade internacional.

Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967 e, após sua anexação em 1980, a ONU pediu à comunidade internacional que retirasse suas legações da Cidade Santa.

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