Prédio que pegou fogo em Londres cumpria com legislação, diz empresa

  • Por EFE
  • 14/06/2017 11h04 - Atualizado em 29/06/2017 00h20
FA010 LONDRES (REINO UNIDO) 14/06/2017.- Una columna de humo cubre la Torre Grenfell en Lancaster West Estate en Londres (Reino Unido) hoy, 14 de junio de 2017, durante un incedio. Al menos 30 personas han resultado heridas en el incendio de una torre residencial de 27 plantas, en el centro-oeste de Londres, que han sido trasladadas a cinco hospitales de la capital británica, informó hoy el servicio de ambulancias. EFE/Andy Rain ANDY RAIN/EFE Incêndio de grandes proporções atingiu prédio residencial na capital britânica

A empresa de construção que no ano passado fez a reforma do prédio residencial que pegou fogo nesta quarta-feira em Londres garantiu que o edifício “cumpria com todas as normas” de segurança.

“A Rydon concluiu as obras de melhoria do edifício no meio de 2016 para a Kensington and Chelsea Tenant Management Organization (administradora da propriedade) em nome da Prefeitura, de acordo com todos os regulamentos de controle de construção e de incêndios e das normas de segurança”, afirmou em um comunicado.

A empresa, que fez os trabalhos de revestimento da parte externa do edifício, construído em 1974, e a instalação das novas janelas por 8,6 milhões de libras (R$ 363 milhões), expressou sua comoção pelo “devastador incêndio” e se ofereceu para colaborar com as autoridades que examinam as causas.

Pelo menos seis pessoas morreram e 64 ficaram feridas, sendo 20 gravemente, no incêndio que começou por volta de 0h15 (horário local, 21h15 em Brasília) na Grenfell Tower. A construção de 24 andares, e com algumas unidades habitacionais populares, fica em North Kensington, a área mais humilde dos bairros nobres de Kensington e Chelsea.

David Collins, um dos integrantes do conselho de moradores do prédio, disse à rede “BBC” que os residentes tinham comunicado aos administradores e à Prefeitura preocupação com a segurança.

Ele contou que os moradores estavam preocupados, por exemplo, com “a situação dos aquecedores, das rotas de fuga e com a iluminação das saídas de incêndio”.

“Falei com os vereadores e não quiseram investigar. Fizemos um abaixo-assinado e 90% dos moradores pediram uma análise à organização que administra o prédio, mas a Prefeitura rejeitou”, disse ele.

Mais cedo, o Grenfell Action Group, que fiscaliza edifícios com unidades habitacionais populares e serviços públicos do bairro de Kensington e Chelsea, postou uma mensagem em seu blog dizendo que também tinha alertado às autoridades e as suas “advertências caíram em ouvidos surdos”.

“Os leitores regulares do blog saberão que nos últimos anos fizemos diversas advertências sobre as pobres normas de segurança contra incêndios na Grenfell Tower. Falamos que uma catástrofe como esta seria inevitável e que era só questão de tempo”, apontou a organização.

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