Presidente do Egito cria comando militar unificado para a Península do Sinai

  • Por Agencia EFE
  • 31/01/2015 18h48

Cairo, 31 jan (EFE).- O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, ordenou neste sábado a criação um comando militar unificado para lutar contra o terrorismo na Península do Sinai, dois dias após uma sequência de ataques contra forças egípcias na região, na qual morreram mais de 30 pessoas.

Segundo um decreto presidencial, emitido após uma reunião extraordinária do Conselho Supremo das Forças Armadas, o novo comando militar, que coordenará a luta antiterrorista na região, será dirigida pelo general de divisão Ahmed Osama Rushdi, que foi promovido à categoria de tenente-general.

Durante o encontro, Al Sisi recebeu explicações sobre os ataques de quinta-feira e os esforços realizados pelas Forças Armadas para lutar contra o terrorismo no Sinai, segundo informou a agência oficial “Mena”.

O Sinai conta com a atuação do Segundo Exército, no norte da península, e do Terceiro Exército, no sul, e cada um deles é dirigido por um comando militar independente desde 1976.

O ex-comandante do Terceiro Exército Hassan al Zayat informou à Agência Efe que esta medida “não significa a unificação dos dois exércitos, mas de seu comando militar para que colaborem entre eles de forma que gere mais eficácia à luta contra o terrorismo no Sinai”.

O Sinai é foco de instabilidade há anos, mas desde a queda do presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013, os ataques contra as forças da ordem multiplicaram.

No dia 24 de outubro, pelo menos 31 soldados perderam a vida em um ataque armado perto da fronteira com Gaza, na pior ação contra o Exército na região nos últimos anos.

Desde então, as autoridades egípcias decretaram o estado de exceção em parte da península e começaram a demolição das casas da cidade de Rafah situadas perto da fronteira com Gaza, após assegurarem que os atacantes dos territórios palestinos se infiltraram através de túneis subterrâneos. EFE

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