Primeira usina nuclear que será reativada no Japão recebe combustível atômico

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2015 02h48

Tóquio, 7 jul (EFE).- O operador da usina nuclear de Sendai começou nesta terça-feira a carregar combustível no reator 1 da central, dando sequência ao processo que deve terminar em agosto, a primeira reativação desde que o Japão estabeleceu critérios mais rígidos de segurança atômica após o acidente de Fukushima.

Um porta-voz da operadora Kyushu Eletric Power explicou que os operários deram início à introdução de 157 barras de dióxido de urânio na unidade 1 da usina, uma operação que vai durar quatro dias.

Uma vez carregado o combustível, a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão deverá fazer uma inspeção no local, último passo antes que a usina volte a funcionar em agosto.

A reativação de Sendai representará a primeira vez que o Japão voltará a contar com energia atômica desde setembro de 2013.

Esse tipo de operação foi interrompido por causa do acidente provocado pelo terremoto e tsunami do dia 11 de março de 2011 em Fukushima. Desde então, os 43 reatores em condições de operar no Japão estão desativados.

O reator 1 de Sendai, situada na ilha de Kyushu, no sudoeste do país, foi o primeiro a superar os novos requerimentos mais rígidos em matéria de segurança.

A segunda unidade de fusão da usina, cuja reativação está prevista para outubro, também superou o exame, da mesma forma que outros dois reatores de Takahama, no oeste do Japão.

No entanto, o futuro de Takahama é incerto depois de um tribunal japonês ter aceitado um recurso feito por um grupo de cidadãos. Segundo o processo, a operadora despreza o perigo real de um terremoto na região que possa provocar um grave acidente na central.

O governo japonês e as companhias elétricas do país tem defendido a reativação de usinas que cumpram com os novos padrões por causa dos aumentos dos custos de produção através de combustíveis fósseis.

No entanto, segundo indicam as pesquisas, a maior parte da população é contrária a reativação pelo temor de um novo acidente. EFE

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