Primeiro-ministro grego sugere criação de governo de conciliação nacional

  • Por Agencia EFE
  • 21/12/2014 12h09

Atenas, 21 dez (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, fez neste domingo uma oferta para a oposição participar de um governo “pró-europeu” em troca do apoio ao candidato conservador à presidência Stavros Dimas.

O primeiro-ministro propôs antecipar as eleições gerais de 2016 para o final de 2015, e, além disso, conceder ministérios em seu gabinete para membros da oposição como a esquerda moderada Dimar, que foi parceiro do Executivo até o ano passado.

“Peço que permitam a eleição de Stavros Dimas como presidente da República. Depois da eleição presidencial, podemos ampliar o governo com a participação de pessoas que acreditam na perspectiva europeia do país”, disse Samaras em mensagem transmitida pela televisão.

Samaras afirmou que com a escolha do presidente a Grécia recuperaria uma estabilidade “extremamente importante para o país e para se poder negociar o Memorando (resgate) e o novo sistema de ajuda”.

O primeiro-ministro assumiu assim um compromisso lançado dias atrás por um grupo de oito deputados da oposição, basicamente parlamentares independentes e da esquerda moderada do Dimar: em troca de apoio ao candidato presidencial, exigiram a criação de um governo de transição para finalizar as negociações com a troika, uma reforma constitucional e a convocação de eleições ao longo de 2015.

A ideia foi posteriormente respaldada pelo próprio líder do partido social-democrata Pasok, o vice-primeiro-ministro grego, Evangelos Venizelos, e alguns dirigentes conservadores, como o ministro para a Reforma Administrativa, Kyrgiakos Mitsotakis.

A proposta, no entanto, encontrou pouco apoio até agora entre a maior parte oposição. Além disso, foi rejeitada pelo principal partido opositor, o esquerdista Syriza. E o líder da própria esquerda moderada do Dimar, Fotis Kouvelis, expressou-se contrário ao acordo. EFE

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