Problema em sistema eletrônico atrasa votação na Nigéria

  • Por Agencia EFE
  • 28/03/2015 10h30

Lagos, 28 mar (EFE).- O novo sistema eletrônico de cadastro implantado pela Comissão Eleitoral da Nigéria para as eleições presidenciais e legislativas deste sábado está gerando um grande atraso no processo de votação em todo o país.

Para poder exercer seu direito nos centros de votação, que abriram às 8h no país, os cidadãos precisam validar seus “cartões de voto” em um leitor eletrônico que os autentifica.

Uma falha generalizada em todos os leitores, que a Comissão tenta solucionar, fez com que cada cidadão demorasse cerca de 15 minutos para validar o cartão, sendo que o procedimento deveria levar poucos segundos.

Um dos afetados foi o próprio presidente do país, Goodluck Jonathan, que, após três tentativas e meia-hora para validar o cartão com o leitor, teve que ser inscrito manualmente por um dos funcionários de Otueke, sua cidade natal.

Ao comprovar o problema gerado pelo novo sistema, o presidente pediu para que os cidadãos sejam pacientes.

“Se eu posso aguentar, os cidadãos também podem. Todo mundo depende dessas eleições, então sejamos pacientes”, disse aos jornalistas.

“O povo quer votar e está decidido a não ir até que o problema seja solucionado”, disse à Agência Efe um eleitor de Lagos.

O comparecimento dos eleitores nos centros de votação, nos quais os cidadãos decidem entre Jonathan e o opositor Muhammadu Buhari, está sendo em massa, por isso é esperado um alto índice de participação, apesar da violência.

Pelo menos sete pessoas morreram em um suposto ataque do Boko Haram em dois vilarejos do norte do país, onde os jihadistas atiraram contra cidadãos que estavam nos centros de votação.

Os ataques ocorreram em Birin Bolawa e Birin Fulani, onde os terroristas invadiram com diversos veículos, segundo informaram à Efe fontes da polícia.

Além disso, meia-hora antes do início da votação, uma bomba explodiu, sem deixar feridos, em um centro de votação da cidade de Enugu, onde a polícia detonar de forma controlada outros cinco explosivos. EFE

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