Refém britânico aparece em um novo vídeo do Estado Islâmico

  • Por Agencia EFE
  • 22/11/2014 16h10

Beirute, 22 nov (EFE).- O britânico John Cantlie, sequestrado na Síria pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), apareceu em um novo vídeo divulgado pelos jihadistas neste sábado na internet, que sugere que seu futuro será similar ao de outros reféns.

“Faz tempo que aceitei que é provável que meu destino seja de forma assustadora o mesmo que o dos meus companheiros de cela”, diz Cantlie na mensagem gravada, na qual parece estar lendo um roteiro.

O jornalista freelancer, procedente do condado de Surrey (sudoeste de Londres), trabalhou para vários veículos de imprensa britânicos, entre eles os dominicais “Sunday Telegraph” e “Sunday Times”, e foi sequestrado em novembro de 2012

No último número de sua revista “Dabiq”, o EI atribuiu um dos artigos a Cantlie, que explicava que tinha dividido cela com quatro reféns ocidentais decapitados: os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, e os trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning.

O último ocidental a ter sido decapitado pelo EI foi o americano Peter Kassig, cuja morte foi confirmada no dia 16 deste mês.

No vídeo, de quase nove minutos de duração, o EI critica por meio de Cantlie a política de Estados Unidos e Reino Unido de não negociar resgates ou trocas de prisioneiros para libertar os sequestrados destas nacionalidades.

Além disso, lembra que no dia 4 de julho houve uma operação “arriscada e cara” para colocá-los em liberdade, segundo a organização extremista, que no final fracassou.

Em agosto, Washington reconheceu que tinha realizado uma operação para libertar reféns americanos em poder do EI, mas que não teve sucesso porque não sua localização não foi acertada.

Cantlie declarou que o EI trocou os seis reféns ocidentais de lugar dias antes de os EUA efetuarem a tentativa de resgatá-los.

A gravação, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, é a sexta parte de um protótipo de programa de televisão do EI intitulado “Dê-me seus ouvidos”. EFE

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