Reunião da Unasul para tratar crise entre Venezuela e Colômbia é adiada

  • Por Agencia EFE
  • 01/09/2015 02h39

Quito, 31 ago (EFE).- A reunião de chanceleres da Unasul para abordar a crise fronteiriça entre Venezuela e Colômbia, que em princípio aconteceria nesta quinta-feira em Quito, foi adiada e possivelmente remarcada para 8 de setembro, informou nesta segunda-feira o chanceler equatoriano interino, Xavier Lasso.

Em declarações ao portal de internet “Ecuadorinmediato”, Lasso afirmou que a viagem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e uma comitiva de seu governo a Vietnã e China provocou o adiamento da reunião em Quito, onde se encontra a sede da Secretaria-Geral da União de Nações Sul-Americanas.

Lasso assinalou que “é impossível” que a reunião seja realizada nesta quinta-feira pela ausência de uma das partes em conflito e acrescentou que a data de 8 de setembro surge como provável após uma proposta feita pelo governo venezuelano, que ainda deve ser aceita pelo Executivo de Bogotá.

Maduro ordenou o fechamento de parte de sua fronteira com a Colômbia no dia 19 de agosto, depois que três militares e um civil ficaram feridos em um ataque de supostos contrabandistas na área limítrofe, ao que se somou, dois dias depois, o decreto de estado de exceção na região.

As declarações do chanceler equatoriano sobre a postergação da data para a reunião de Unasul aconteceram no momento em que o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), reunido hoje em sessão extraordinária a pedido da Colômbia, decidiu não abordar a crise fronteiriça, como tinha proposto o governo colombiano.

A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, afirmou que a rejeição da OEA a convocar uma reunião de chanceleres para debater a crise fronteiriça com a Venezuela não é uma derrota para seu país e que quem perde é o sistema interamericano.

A Venezuela, que aceitou uma reunião de chanceleres da Unasul sobre esta crise, rejeitou que o tema seja discutido na OEA por considerar que esse organismo tem uma “lamentável e frustrante história perante situações complexas entre os Estados-membros”.

Equador, Bolívia, Nicarágua, Argentina e Brasil apoiaram a Venezuela nessa postura e defenderam que Unasul é o fórum onde esta crise deve ser abordada porque, segundo sua opinião, se demonstrou mais eficaz que a OEA perante os conflitos na região. EFE

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