Rússia convida Kim Jong-un para 70º aniversário da vitória sobre nazistas

  • Por Agencia EFE
  • 19/12/2014 11h08

Moscou, 19 dez (EFE).- O Kremlin convidou nesta sexta-feira o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, a visitar a Rússia por ocasião do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1945).

“O convite foi enviado”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, à agência “Interfax”.

Em meados de novembro a Rússia recebeu a visita do secretário do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, Choe ryong-hae, para impulsionar as relações bilaterais que decresceram notavelmente após a queda da União Soviética.

“As relações coreano-russas vivem uma nova etapa. A visita do emissário demonstra claramente que nosso marechal (Kim Jong-un) presta grande atenção às relações entre nossos países”, disse então um membro da delegação norte-coreana.

Choe, “número três” do regime norte-coreano, permaneceu durante oito dias na Rússia e, segundo a imprensa local, entregou pessoalmente uma carta de Kim ao presidente russo, Vladimir Putin.

A Rússia ambiciona vários projetos na península coreana, tais como o cabo de um gasoduto intercoreano e o trecho da ferrovia coreana ao Transiberiano.

Além disso, não são poucos os norte-coreanos que trabalham do outro lado da fronteira com a Rússia como mão de obra barata em explorações agrícolas e madeireiras.

Ambos países assinaram em 2001 a Declaração de Moscou, na qual ambas partes advogaram por impulsionar a amizade e cooperação após mais de uma década de esfriamento.

O pai do atual líder norte-coreano, Kim Jong-il, fez em 2011 uma visita surpresa à Rússia, aonde chegou a bordo de seu famoso trem blindado.

Além de reunir-se com os dirigentes russos, passou pela região de Khabarovsk, esconderijo escolhido pela guerrilha norte-coreana para combater o exército imperial japonês e onde o próprio Jong-il teria nascido em 16 de fevereiro de 1942, segundo arquivos soviéticos.

Por sua vez, o avô do atual líder norte-coreano, Kim Il-sung, contou com o apoio da KGB para fundar a República Democrática Popular da Coreia do Norte em 1948. EFE

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