Rutte comemora vitória sobre “populismo errado” de Wilders na Holanda

  • Por Jovem Pan com EFE
  • 16/03/2017 10h31
AMS036. LA HAYA (HOLANDA), 15/03/2017.- El primer ministro de Holanda, Mark Rutte (C), reacciona en un evento hoy, miércoles 15 de marzo de 2017, la noche de las elecciones en La Haya (Holanda). El partido del primer ministro holandés, Mark Rutte, el movimiento de centro derecha VVD, ganó el mayor número de escaños en las elecciones parlamentarias, según las primeras encuestas publicadas. EFE/NIELS WENSTEDT EFE/NIELS WENSTEDT Mark Rutte em evento após noite de eleições em Haya

 O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que lidera o partido liberal VVD, ganhador das eleições segundo as primeiras pesquisas, comemorou na noite desta quarta-feira por ter derrotado o “populismo errado” do ultradireitista Geert Wilders.

“Que noite! Pedimos que parasse. Paramos o populismo errado”, afirmou em discurso em Haia o candidato do VVD, que deve conseguir 31 cadeiras, dez a menos que nas eleições anteriores, segundo as pesquisas de boca de urna.

Um eufórico Rutte mostrou o desejo de “voltar a unir a Holanda” e, em referência ao ultradireitista e eurofóbico Geert Wilders, garantiu que o país “continua sendo pró-europeu”.

Cadeiras e coalizões

Os liberais do Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VDD), do primeiro-ministro Mark Rutte, conseguiram 33 cadeiras nas eleições gerais da Holanda, com o ultradireitista Geert Wilders na segunda posição, com 20 deputados.

Com 95% dos votos apurados, o Partido da Liberdade (PVV) de Wilders está na segunda posição com 20 deputados (13% dos votos), a partir das 15 de cadeiras das eleições anteriores, por isso será o partido de oposição mais importante, como está previsto, não entra no Executivo.

Os liberais do VVD seguirão sendo o partido mais votado, com 33 cadeiras (21% dos votos) e seu líder, Mark Rutte, terá prioridade para tentar formar governo apesar de haver perdido oito deputados em relação às eleições de 2012.

Em sua busca por parceiros de coalizão, poderia optar pelos democratas-cristãos do CDA ou os liberais progressistas do D66, partidos que ficaram empatados no terceiro lugar, com 19 deputados cada um, com uma alta de seis e sete cadeiras respectivamente.

Na quinta colocação estão o Partido Socialista, que perde um deputado e fica com 14, e os Verdes de Esquerda, que foi o partido que mais subiu nestas eleições, passando de 4 para 14 deputados.

Os social-democratas do Pvda (Partido do Trabalho), que nos últimos quatro anos governaram em coalizão com o VVD, sofreram uma derrota histórica e passam de 38 para 9 deputados.

O Partido dos Animais passa de 2 para 5 deputados, empatando com os Cristãos Unidos, que repetiram o mesmo resultado das eleições de 2012.

No total, entrariam 12 partidos no parlamento holandês, dois a mais que em 2012.

Discurso

“Em uma campanha, é inevitável que sejam reveladas as diferenças, mas agora é importante unir de novo o país e formar um governo estável para os próximos quatro anos”, disse o primeiro-ministro, na primeira declaração após a divulgação das pesquisas a boca de urna.

O líder do VVD aposta em destinar nos próximos anos “mais dinheiro para Defesa, para o cuidado dos idosos e para as infraestruturas”.

“Isso será, para os liberais, o mais importante nos próximos anos”, comentou.

Rutte também parabenizou os outros ganhadores das eleições, os verdes de GroenLinks, Democratas 66 e Chamada Democrata-Cristã, e se enalteceu: “nossa mensagem chegou aos holandeses: que nossa terra deve ser segura e estável, e continuará sendo”.

Sobre os grandes derrotados da noite, os trabalhistas do PvdA, Rutte disse que já tinha falado com o líder desse partido, Lodewijk Asscher.

“Estivemos durante quatro anos e meio em uma aventura juntos. eu desejava um resultado diferente a eles”, disse sobre os sociais-democratas.

O primeiro-ministro concluiu o discurso com agradecimentos aos eleitores e dizendo que a Holanda é “um país fresco”.

Da Alemanha, o porta-voz da Chancelaria, Steffen Seibert, confirmou em seu perfil da rede social Twitter que a chanceler alemã, Angela Merkel, parabenizou Rutte com uma ligação telefônica na qual expressou a intenção de manter a “boa cooperação como amigos e vizinhos europeus”.

Da França, o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, felicitou os holandeses por terem “detido” o avanço da extrema direita.

“Felicidades aos neerlandeses por terem detido o avanço da extrema direita. Temos vontade de trabalhar por uma Europa mais forte”, escreveu o político francês em seu perfil no Twitter. 

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