Santos afirma que libertação de soldados mostra maturidade do processo de paz

  • Por Agencia EFE
  • 25/11/2014 18h29

Bogotá, 25 nov (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta terça-feira que a libertação dos soldados César Rivera e Jonathan Díaz, sequestrados em 9 de novembro pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), é uma demonstração da maturidade do processo de paz com essa guerrilha que acontece em Cuba está atualmente suspenso.

“Isto é um passo importante que demonstra a maturidade do processo de paz e os gestos de paz que todos os colombianos reivindicam”, disse Santos em um encontro com líderes regionais em Mocoa, no sul do país.

Os dois soldados foram sequestrados pelas Farc após um combate no departamento de Arauca, na fronteira leste com a Venezuela, e libertados hoje nessa mesma região, após o que o exército lhes transferiu a Bogotá.

A libertação foi efetivada com a mediação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e de representantes de Cuba e Noruega, os países fiadores do processo de paz que se desenvolve há dois anos em Havana.

“Quero agradecer aos países fiadores e à Cruz Vermelha pelas gestões que fizeram para conseguir o retorno dos soldados Paulo César Rivera e Jonathan Díaz, que já estão nas mãos do exército e estão com suas famílias”, acrescentou o chefe de Estado.

As negociações de paz estão suspensas desde o dia 17 de novembro por ordem de Santos em resposta a outro sequestro ocorrido um dia antes no departamento de Chocó, onde as Farc capturaram o general Rubén Darío Alzate, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego quando visitavam o casario de Las Mercedes.

As Farc, que admitiram o sequestro do general e seus acompanhantes, prometeram libertá-los também com a mediação do CICV e dos países fiadores, o que deve acontecer nos próximos dias.

O presidente condicionou o retorno dos negociadores do governo a Havana a que as Farc libertassem o general e seus acompanhantes, além dos dois soldados que já voltaram à liberdade hoje em Arauca.

Em seu discurso, o presidente destacou a necessidade de que se façam gestos de paz não só nos diálogos de Cuba, mas também no território colombiano.

“O processo de paz tem que ir acompanhado de investimento social, de gestos de paz, não só em Havana, mas nas comunidades, nas famílias e em nosso interior”, concluiu Santos. EFE

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