Santos muda cúpula militar da Colômbia em meio à onda de ataques da guerrilha

  • Por Agencia EFE
  • 06/07/2015 23h24

Bogotá, 6 jul (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta segunda-feira uma mudança na cúpula militar com a substituição dos comandantes do exército, da força aérea e da marinha, no momento em que o país enfrenta uma onda de ataques da guerrilha.

Santos apresentou as mudanças em uma declaração que deu na Casa de Nariño, sede do governo, acompanhado de seu novo ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, e dos novos e antigos comandantes militares.

O novo comandante do exército será o general Alberto Mejía Ferrero, que substitui o também general Jaime Lasprilla, um oficial com fama de ser duro com os grupos guerrilheiros.

Na chefia da força aérea, Santos nomeou o general Carlos Bueno em substituição do general Guillermo León León.

Como comandante da marinha, o presidente anunciou o almirante Leonardo Santamaría, até hoje chefe de Operações Navais, que substitui o também almirante Hernando Wills.

Segundo o presidente, os oficiais que deixam seus cargos “deveriam sentir-se muito orgulhosos porque os resultados que obtiveram estão à vista” na luta contra os grupos armados ilegais.

“Saem com a cabeça pra cima, cheios de orgulho, cheios de honra”, acrescentou o presidente.

As mudanças na cúpula militar foram consideradas pelo presidente como “normais e necessárias” em uma instituição de caráter “piramidal” como as forças armadas, que “requerem renovação permanente”.

As modificações acontecem duas semanas depois que Villegas assumiu como ministro da Defesa com a missão de dirigir a tropa a um eventual pós-conflito e ao mesmo tempo “não baixar a guarda” perante os grupos guerrilheiros para poder conseguir a paz nos diálogos em Cuba.

No entanto, desde o último dia 22 de maio o país vive uma onda de atentados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) contra policiais, militares e a infraestrutura petrolífera e elétrica que causou grandes danos ambientais e afetou os serviços de água potável de milhões de pessoas. EFE

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