Série de ataques contra postos de controle no Sinai deixam dezenas de vítimas

  • Por Agencia EFE
  • 01/07/2015 08h46

Cairo, 1 jul (EFE).- Cinco ataques simultâneos contra postos de controle e uma delegacia causaram nesta quarta-feira dezenas de mortos no norte da península egípcia do Sinai, onde ocorreram enfrentamentos entre as forças de segurança e os jihadistas.

O porta-voz do exército egípcio, Mohammed Samir, informou em comunicado que pelo menos dez uniformizados morreram ou ficaram feridos, enquanto uma fonte de segurança consultada pela Agência Efe elevou a 11 os mortos e a 20 os feridos.

Segundo o porta-voz militar, cerca de 70 terroristas atacaram cinco postos de controle, mas as forças de segurança responderam imediatamente matando 22 radicais e destruindo três de seus veículos.

Os combates entre ambos os grupos continuam no norte do Sinai, onde as tropas egípcias lançaram uma operação para perseguir os extremistas.

A fonte de segurança detalhou que em um dos ataques um suicida detonou um carro-bomba em um posto de controle na zona de Abu Rifai, em Sheikh Zaued.

Outros jihadistas atacaram a delegacia de Al Arish, capital da província do Norte do Sinai, e outros três postos de segurança, onde enfrentaram com tiros os soldados do Exército e a polícia.

Nos ataques e nos posteriores choques, os radicais empregaram granadas RPG e bombas, além de artefatos explosivos.

As autoridades decretaram o máximo alerta nas instalações governamentais e de segurança e nos hospitais, e enviaram uma dezena de ambulâncias aos lugares atacados.

Os atentados terroristas aumentaram no Egito, principalmente no Sinai contra as forças de segurança, desde o golpe militar de julho de 2013 contra o então presidente, o islamita Mohammed Mursi, que completa dois anos.

No norte do Sinai vários grupos jihadistas têm suas bases, entre eles Wilaya Sina (Província do Sinai), que é leal ao Estado Islâmico (EI) e reivindicou os atentados mais mortais perpetrados nestes dois anos.

O presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi, declarou o norte da península zona de exclusão militar, impôs o toque de recolher e impediu o acesso aos meios de comunicação.

Esta sucessão de ataques ocorre dois dias depois que do assassinato do procurador-geral egípcio, Hisham Barakat, em um atentado com carro-bomba no Cairo.EFE

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