Sobe para 23 o número de vítimas do ataque da Abu Sayyaf no sul das Filipinas

Bangcoc, 29 jul (EFE).- As Forças Armadas das Filipinas elevaram nesta terça-feira para 23 o número de vítimas, entre elas uma criança de dois anos, do ataque perpetrado ontem por uma célula do grupo terrorista Abu Sayyaf, vinculado à Al Qaeda, no sul das Filipinas.

Em declarações à agência “Philippines News Agency”, o diretor de Informação das Forças Armadas, o tenente-coronel Ramon Zagala, confirmou que seis civis seguem hospitalizados em estado grave.

Segundo a fonte, as vítimas faziam parte de um clã que colabora com as autoridades no processo de paz na região e viajavam em uma caravana de veículos para celebrar o final do Ramadã. No entanto, perto de Talipao, na ilha de Jolo, a cerca de 980 quilômetros ao sul de Manila, o grupo foi atacado por cerca de 50 combatentes da Abu Sayyaf.

Os chefes terroristas Idang Susukan e Sibih Pisih comandaram a emboscada, segundo o Comando de Mindanao Ocidental.

Zagala assinalou que o processo de paz em Jolo é “muito complexo” e necessita não só da cooperação do Exército e a polícia, mas também da comunidade local.

“Buscamos uma cooperação contínua com a comunidade para prevenir incidentes similares no futuro, mas, como disse antes, existem muitas complicações na zona de conflito”, detalhou o militar.

Formada por um grupo de ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética em 1991, a Abu Sayyaf cometeu os atentados mais sangrentos do país e realizou inúmeros sequestros, além de colaborar com Jama Islamiya, o braço da Al Qaeda no Sudeste Asiático.

O território operante desta organização abrange a ilha de Basilan, seu principal reduto, a vizinha Jolo e a maior parte de Mindanao. EFE