Supostos jihadistas são detidos em zonas fronteiriças do sul da Tunísia

  • Por Agencia EFE
  • 03/09/2015 16h00

Tunísia, 3 set (EFE).- Pelo menos nove pessoas foram detidas nas últimas 24 horas em zonas do sul da Tunísia por suposta relação com redes jihadistas tanto locais como na Líbia, informou nesta quinta-feira o Ministério tunisiano de Interior.

Em comunicado, o departamento explicou que quatro deles são cidadãos tunisianos detidos pela Guarda Nacional na cidade de Médenine, após ter entrado no país desde Líbia de forma clandestina.

O objetivo dos jihadistas era se instalar na zona do monte de Chaambi, na região de Kasserine, fronteiriça com a Argélia, lugar cercado pelo Exército onde se refugiam diversos grupos jihadistas armados desde 2012.

O comunicado acrescenta que “as investigações permitem estabelecer o envolvimento de algum destes quatro extremistas com o atentado da cidade de Sousse ( cidade )”, que em junho tirou a vida de 38 turistas estrangeiros, assim como com um ataque perpetrado em 2013 na cidade tunisiana de Monastir.

A nota precisa que um dos extremistas ficou gravemente ferido, que recebeu em combates na Líbia, e que o grupo detido pretendia reconstituir a célula “Okba Ibn Nafaa”, considerada responsável pelo atentado do museu do Bardo em março no qual morreram 21 estrangeiros.

Além disso, outros dois supostos jihadistas foram detidos na quarta-feira na cidade de Ben Gardane, fronteiriça com a Líbia, quando pretendiam passar para esse país “para se incorporar a um campo de treinamento”.

Outros três extremistas foram detidos na cidade de Esbitla, na região de Kasserine, após suspeitar que são os autores de uma série de ameaças de morte escritas nas paredes dos domicílios de agentes das forças de segurança nessa população.

A Tunísia sofreu nos últimos meses dois grandes atentados jihadistas, que tiraram a vida de 60 turistas estrangeiros e é palco de vários enfrentamentos entre as forças de segurança e os grupos radicais que estão na fronteira da Argélia.

Esta situação, agravada pela instabilidade na Líbia, levou o governo a restabelecer, desde o começo de julho, o estado de emergência que esteve vigente durante a derrubada ditadura de Zine Abedin Ben Ali, medida denunciada por movimentos sociais, que temem que seja um retrocesso nos direitos conquistados com a chamada “Revolução do Jasmim”. EFE

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