Suprema Corte dos EUA rejeita dois recursos de defensores de armas

  • Por EFE
  • 20/02/2018 17h47
EFE/ Erik S. Lesser Associação Nacional do Rifle tem feito campanhas contra o controle de armas de fogo nos EUA

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta terça-feira (20) a apreciação de dois casos sobre restrição de armas de fogo e deixou intacta uma lei da Califórnia que impõe um período de espera de dez dias para as pessoas que desejam comprar armas naquele estado.

O pronunciamento da Suprema Corte se referiu a recursos apresentados pela Associação Nacional do Rifle, o maior grupo de pressão contrário ao controle de armas de fogo nos EUA e que gasta milhões de dólares em campanhas políticas e de marketing a favor das armas.

A NRA alegava que a lei da Califórnia violava o direito dos cidadãos a dispor de uma arma de fogo em um curto período e iria contra a Segunda Emenda da Constituição americana, que protege o direito de possuir e portar armas. Em resposta, os juízes do Supremo consideraram que a legislação da Califórnia não viola a Constituição e, por isso, rejeitaram avaliar o caso.

Os magistrados também rejeitaram outro recurso interposto pela NRA contra uma lei da Califórnia que permite que o estado use as taxas pagas por alguns proprietários de armas para financiar a luta contra o mercado negro de armamento.

Durante anos, a Suprema Corte tem se mantido à margem do debate sobre armas nos EUA e, de fato, a última vez que se posicionou sobre o tema foi em 2010, quando estabeleceu que o direito dos cidadãos a portar armas se encontra acima de qualquer regulamentação estadual e local.

Os estudantes da escola de Parkland, na Flórida, que foi alvo de um massacre cometido por um atirador em 14 de fevereiro, pediram ao presidente Donald Trump e ao Congresso que deixem o lado da poderosa NRA e imponham maiores restrições às armas para evitar novas mortes.

O autor confesso do massacre, Nikolas Cruz, de 19 anos, usou um fuzil AR-15 para cometer o crime, que deixou 17 mortos e 15 feridos.

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