Suspeito de ataque frustrado em trem francês viu vídeo jihadista no celular

  • Por Agência Brasil
  • 25/08/2015 12h41
EFE Ataque a trem Thalys que fazia a rota entre Amsterdã e Paris

O suspeito do ataque frustrado no trem de alta velocidade Paris-Amsterdã viu, no celular, um vídeo de cantos jihadistas antes de entrar no veículo, na sexta-feira (21), segundo fonte ligada ao processo citada pela agência France Press.

Ayub El Khazzani “viu o vídeo entre o momento em que comprou o bilhete e o momento em que entrou no trem”, algumas horas depois, disse a fonte.

O marroquino entrou no veículo, na Bélgica, armado com uma espingarda kalashnikov, nove carregadores e uma pistola, mas acabou dominado por passageiros.

Detido há quatro dias, prazo máximo previsto na lei francesa para a detenção sem acusação, Khazzani, de 25 anos, deve se apresentar hoje a um juiz.

Nas primeiras audiências, negou a intenção de cometer um ato terrorista e afirmou que a sua intenção era roubar os passageiros.

Quando foi detido, o suspeito tinha dois celulares, mas a fonte citada pela agência disse que era apenas um, ativado na manhã do ataque, e que o outro pertencia “muito provavelmente a um passageiro”.

Khazzani era conhecido de vários serviços secretos. Segundo uma fonte de órgão de combate ao terrorismo da Espanha, o marroquino viveu no país entre 2007 e 2014, período em que chamou a atenção das autoridades por defender a jihad, frequentar uma mesquita radical em Algeciras e estar envolvido com o tráfico de drogas.

O pai dele informou às autoridades que Khazzani partiu para a França a fim de trabalhar na operadora de celular Lycamobile, o que foi confirmado pela empresa, que empregou o marroquino durante dois meses no início de 2014. Ele foi dispensado por não ter a documentação exigida para trabalhar.

Na França, no entanto, Khazzani só chamou a atenção das autoridades quando as forças de segurança da Alemanha alertaram as autoridades de que ele tinha embarcado em um voo com destino à Turquia, sinal de que poderia pretender viajar para a Síria.

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