Syriza promete reduzir impacto negativo do resgate caso vença eleições

  • Por Agencia EFE
  • 30/08/2015 18h59

Atenas, 30 ago (EFE).- A coalizão de esquerda Syriza se comprometeu neste domingo a se ganhar as eleições antecipadas de 20 de setembro empreender todas as medidas oportunas para reduzir “ao mínimo” o impacto negativo do programa de resgate.

Em uma conferência nacional, a Syriza finalizou o programa eleitoral, no qual se compromete a cumprir com os compromissos do acordo de resgate e a fazer todo o possível para compensar os aspectos mais prejudiciais.

No final de uma conferência nacional de dois dias que evidenciou a grande quebra que o grupo sofre após sete meses à frente do Executivo, os participantes aprovaram um documento de 68 páginas que, ao contrário do programa das eleições passadas, evita fazer promessas grandiloquentes.

“Um governo do Syriza implementará os compromissos, mas está determinado a reduzir ao mínimo os efeitos negativos e seguirá negociando todas as partes que ainda estão abertas do acordo “, diz o documento.

O texto refere-se especificamente a alguns pontos que ainda deverão ser discutidos com as instituições credoras, como as reformas trabalhistas e o sistema de previdência, assuntos fiscais, a exploração de bens públicos e a renegociação da dívida, um dos temas principais do líder do Syriza, o ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras.

Entre os assuntos pendentes nos quais Syriza espera ganhar a batalha frente aos credores está o de não deixar nas mãos de fundos privados a bolsa de créditos morosos dos bancos, entre os que se encontram muitas hipotecas, com o conseguinte risco de despejos em massa de inquilinos.

O documento também aborda os controles de capital que ainda seguem vigentes e assinala que espera que possam ser completamente retirados até o fim do ano. Além disso, destaca que o acordo assinado com os credores em troca do terceiro resgate por um valor de até 86 bilhões de euros contém muitos aspectos que a Syriza levava em sua agenda, como a luta contra a evasão fiscal e contra a corrupção.

Em discurso, Tsipras afirmou que a esquerda não se transformará em um parêntese da História, como pretendem as forças conservadoras, e voltou a rejeitar uma cooperação de governo com as forças que constituíram o “status quo” durante os últimos 40 anos. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.