Talibãs reivindicam autoria de ataque a hotel de luxo em Cabul

  • Por EFE
  • 21/01/2018 09h40
EFE/EPA/JAWAD JALALI Fumaça do Hotel Intercontinental após ataque armado em Cabul, Afeganistão

Os talibãs reivindicaram neste domingo (21) a autoria do ataque que na noite de sábado deixou pelo menos dez mortos, entre eles um estrangeiro e quatro agressores, no luxuoso Hotel Intercontinental de Cabul.

“Dezenas de estrangeiros e mercenários do inimigo morreram no ataque suicida em Cabul no Hotel Intercontinental contra uma reunião do inimigo”, indicou o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid em sua conta do Twitter.

Em um comunicado, o porta-voz precisou que no momento do ataque o estabelecimento estava “cheio” de americanos e cidadãos de outros países “invasores”.

Os agressores, que cifrou em cinco, identificaram “cuidadosamente” suas vítimas e mataram os cidadãos dos países “invasores” e os membros do Governo afegão, segundo a nota.

“Os membros da reunião que aconteceu com a participação de oficiais da Administração de Cabul e americana foram também atacados”, detalhou, em referência a uma conferência sobre tecnologias da informação que acontecia no hotel, organizada pelo Governo afegão.

A ação começou por volta das 21h local de sábado (14h30, em Brasília) no Hotel Intercontinental, situado no alto de uma colina no oeste da capital afegã, e desencadeou enfrentamentos que se prolongaram durante cerca de 12 horas.

O hotel, que já foi alvo de um ataque similar em 2011, quando morreram 21 pessoas, é frequentado por estrangeiros e afegãos ricos e frequentemente acolhe festas privadas e eventos oficiais como coletivas de imprensa, seminários e conferências.

Cabul foi alvo em 2017 de graves ataques insurgentes.

No final de maio, ocorreu na cidade o pior atentado no Afeganistão desde a queda do regime talibã com a invasão americana em 2001, quando um caminhão cheio de explosivos deixou 150 mortos e mais de 300 feridos.

Desde o final da missão de combate da Otan em janeiro de 2015, o Governo de Cabul foi perdendo terreno perante os insurgentes até controlar apenas 57% do país, segundo o Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR) do Congresso dos Estados Unidos.

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