Testemunha de ataque terrorista pensou que estava dentro de um filme de terror

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2017 18h21
EFE Ataque terrorista do Estado Islâmico matou 13 pessoas e feriu 100 pessoas em Barcelona

A brasileira Isabel Roggia, que vive em Barcelona e estava nas proximidades da Rambla, local do atentado terrorista que matou 13 pessoas e feriu 100, confirmou à Jovem Pan que o cenário era de caos total, com muitas pessoas desesperadas e correndo sem rumo.

“Coincidentemente, eu entrei numa loja, mas meu destino era ir até a Rambla para pegar o metrô e voltar para casa. Na sequência, muitas pessoas começaram a entrar correndo, se jogando no chão e chorando atrás dos caixas. Eu ainda não sabia o que estava acontecendo e estavam todos em desespero. Num primeiro momento pensei que era um assalto, mas  isso é difícil de acontecer aqui em Barcelona. Só que estava todo mundo desesperado era algo muito assustador”, relatou.

Após entender o que realmente se passava, Isabel explica que todos tentaram se comunicar com os familiares e em torno de dez minutos a loja fechou, o que gerou certo alivio momentâneo às pessoas. Após 15 minutos, ela viu que poderia sair da loja, pois ali se tratava de uma possível rota de fuga aos terroristas. Em seguida, correu em direção a um bairro que ficasse longe da região central.

“Quando eu consegui me localizar aonde estava, eu peguei um ônibus e pensei que seria uma forma mais segura de chegar em casa, pois jamais retornaria ao centro. O sistema de metrô e o trânsito estavam congestionados. Antes de sair do centro havia muita Polícia e muita ambulância. A Barcelona que eu conhecia até então se transformou num caos. Uma coisa é ver pela TV, mas você não tem a mínima noção do que é um atentado. Não sabemos o que fazer e parece que estamos dentro de um filme de terror que nunca vai acabar”, exclamou a brasileira.

Isabel disse que após ter chegado em casa ainda se encontrava em “estado de choque” e atribui a mudança de percurso como “uma coisa divina”. “Esse terrorismo era real e você pensa que nunca vai presenciar. Eu não vi o atropelamento, mas vivi todo o desespero. Minha ideia original era retornar à Rambla, passear e depois pegar o metro, mas eu entrei nessa loja. Foi questão de segundos e parece que foi uma coisa divina porque provavelmente eu estaria sendo atropelada ou presenciando toda essa situação dramática. Foi realmente uma coisa assustadora que deixa a gente em estado de choque”, finalizou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.