Trump ainda não tem certeza se Rússia interferiu nas eleições, diz assessor

  • Por Agência EFE
  • 23/07/2017 14h12

Presidente americano Donald Trump caminha no gramado da parte sul da Casa Branca após anúncio de cancelamento do acordo de Cuba

Agência EFE "(Trump) me ligou ontem do avião presidencial e me disse, basicamente, que 'Talvez (os russos) tenham feito, talvez não tenham feito'", relatou Scaramucci

O novo diretor de comunicação da Casa Branca, Anthony Scaramucci, disse neste domingo que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não está convicto que a Rússia interferiu nas eleições do ano passado e se preocupa que a investigação sobre o assunto seja uma tentativa de “deslegitimar” sua vitória eleitoral.

Em entrevista à emissora “CNN”, Scaramucci afirmou que “alguém” o disse que, se os russos tivessem interferido nas eleições presidenciais de 2016, “não teria havido nenhuma prova a respeito” porque eles são muito bons em ocultar laços com ciberataques.

Questionado pelo jornalista, Scaramucci reconheceu que foi o próprio Trump quem disse isso, embora a inteligência americana tenha concluído há meses que foi a Rússia que orquestrou os ataques contra o Partido Democrata em 2016.

“(Trump) me ligou ontem do avião presidencial e me disse, basicamente, que ‘Talvez (os russos) tenham feito, talvez não tenham feito'”, relatou Scaramucci, que foi nomeado como diretor de comunicação na última sexta-feira.

Segundo a Casa Branca, durante o encontro entre ambos em Hamburgo, no início de julho, Trump pressionou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a possível ingerência russa nas eleições americanas do ano passado e o russo negou qualquer envolvimento.

Scaramucci disse que Trump se preocupava com “a posição da imprensa” sobre a suposta ingerência russa porque parece estar “sugerindo” que essa interferência vai “deslegitimar a vitória” do republicano sobre a candidata democrata, Hillary Clinton.

Em outra entrevista à “Fox News”, Scaramucci opinou que “a situação russa está completamente superdimensionada” e que a Casa Branca quer “reduzir as tensões” a respeito.

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