Trump contesta vazamento de dossiê e diz: “estamos na Alemanha nazista?”

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2017 12h22
CDA036. LAS VEGAS (EE.UU.), 19/10/2016.- El candidato a la Presidencia de EEUU por el partido Republicano Donald Trump durante el debate con su rival demócrata Hillary Clinton hoy, miércoles 19 de octubre de 2016, en la Universidad de Nevada en Las Vegas (EE.UU.). EFE/JIM LO SCALZO EFE/JIM LO SCALZO Donald Trump em debate presidencial contra Hillary Clinton em Las Vegas

Poucas horas antes de conceder sua primeira entrevista coletiva em meses, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se manifestou nesta quarta (11) em sua conta pessoal no Twitter sobre o vazamento de polêmico relatório que o comprometeria com informações financeiras e suposto escândalo sexual em Moscou.

Trump escreveu que o relatório é uma “invenção completa”, mas disse em seguida que “as agências de inteligência nunca deveriam deter deixado vazar essas falsas notícias”. Ao que completou, questionando: “Estamos vivendo na Alemanha nazista?”.

Veja o que escreveu Trump:

A Rússia acabou de dizer que o relatório não verificado pago por adversários políticos é “uma invenção completa e total, bobagem absoluta”. Muito injusto!

A Rússia nunca tentou usar sua influência sobre mim. Eu não tenho nada a ver com a Rússia – nenhum acordo, nenhum empréstimo, nada!

Eu ganhei uma eleição facilmente, um grande “movimento” é verificado e oponentes corruptos tentam diminuir nossa vitória com notícias falsas. Algo lastimável!

As agências de inteligência nunca deveriam ter deixado essas falsas notícias “vazarem” ao público. Estamos vivendo na Alemanha nazista?

Entenda o imbróglio

A Rússia pode ter informações comprometedoras sobre a vida privada e financeira do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo um relatório citado na terça-feira por vários veículos de imprensa locais. O Kremlin nega. Segundo os órgãos de imprensa, os documentos estariam em poder das agências americanas de inteligência.

Após a publicação do relatório pelo site “BuzzFeed News” e de diversos artigos em veículos de imprensa como a “CNN”, “The Washington Post” e “The New York Times”, Trump disse já nesta terça (10) através de sua conta no Twitter que se trata uma “notícia falsa” produto de uma “total caça às bruxas política”.

Os diretores das principais agências de inteligência supostamente apresentaram este relatório tanto para Trump como para o ainda presidente, Barack Obama, em reuniões realizadas na semana passada para abordar a suposta interferência russa nas eleições presidenciais realizadas no dia 8 de novembro do ano passado.

A parte do relatório que se refere às informações comprometedoras que a Rússia poderia ter sobre Trump foi elaborada por um ex-agente da inteligência britânica e seu conteúdo não foi verificado ainda pela inteligência americana, de acordo com os veículos de imprensa.

As informações comprometedoras seriam “suficientes” para “chantagear” o presidente eleito, de acordo com esse ex-agente ao que, segundo os mesmos meios de comunicação, as agências americanas dão credibilidade.

As informações que estão em poder da Rússia teriam provas recolhidas pelos serviços de inteligência russos sobre uma suposta “perversão sexual” de Trump em uma suíte de um hotel em Moscou.

Segundo o documento, o magnata norte-americano teria contratado várias prostitutas para que urinassem enquanto ele olhava, no colchão da mesma suíte presidencial do Hotel Ritz Carlton em que se hospedaram o presidente Obama e a primeira-dama, Michelle Obama, durante uma visita à capital russa.

O relatório citado pela imprensa americana inclui também as autoridades russas que ofereceram a Trump diversos negócios imobiliários relacionados especialmente com a Copa do Mundo de 2018, que será realizada na Rússia, embora o presidente eleito teria rejeitado.

O que teria sido aceito por Trump e por seus assessores foi a informação sobre os democratas e sua candidata presidencial, Hillary Clinton, que a inteligência russa teria obtido através de ataques cibernéticos.

O relatório aponta um colaborador de Trump, Michael Cohen, como o homem que se teria reunido em Praga (República Tcheca) com oficiais russos para concretizar a troca de informação.

Assim como Donald Trump, Cohen também usou seu Twitter para se defender, publicando uma fotografia de seu passaporte com a mensagem “Nunca em minha vida estive em Praga” e o rótulo de “notícias falsas”.

No final do ano passado, Obama anunciou represálias contra a Rússia em forma de sanções econômicas contra agências de inteligência, indivíduos e empresas de segurança de computadores, além da expulsão de 35 diplomatas do país.

Trump, por sua vez, sempre questionou as conclusões das agências de inteligência americanas e chegou a insinuar que estavam “construindo o caso”.

Com infomrações da agência EFE

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