Trump critica jornalista que lhe pôs em apuros durante entrevista

  • Por Agencia EFE
  • 05/09/2015 02h39

Washington, 4 set (EFE).- O magnata imobiliário e pré-candidato republicano para as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta sexta-feira o jornalista Hugh Hewitt, que ontem lhe pôs em apertos ao fazer complexas perguntas sobre política internacional em um programa de rádio ao vivo.

Trump acusou Hewitt de ser “um locutor de terceira categoria” que tentou pegar-lhe de surpresa com “perguntas-armadilha” e ameaçou em não deixar-se entrevistar de novo pelo jornalista, que comanda um popular programa de rádio de tendência conservadora.

No entanto, Trump deverá voltar a encontrar Hewitt pelo menos em mais uma ocasião, já que ele será um dos jornalistas que realizarão perguntas aos candidatos à indicação republicana no debate de 16 de setembro da emissora “CNN”.

Hewitt, conhecido pela especificidade de suas perguntas em matéria internacional e de defesa, começou a entrevista perguntando ao candidato se conhecia o general Qasem Soleimani, chefe dos Quds (forças de elite dos Guardiões da Revolução Iraniana).

Trump respondeu à pergunta dizendo que os curdos (povo sem estado no Oriente Médio, com presença no Iraque, Turquia, Síria e no Irã) foram “muito maltratados” pelos EUA, aparentemente ao confundir “Quds” com “kurds” (curdos), de pronunciação muito similar em inglês.

“Não, os curdos não, as forças Quds, as forças Quds dos Guardiões da Revolução Iraniana. Os caras maus”, cortou Hewitt, fazendo Trump se desculpar e alegar que tinha ouvido mal a palavra.

“Soleimani é para o terrorismo o que Trump é para os imóveis”, comentou o locutor mais tarde.

A entrevista prosseguiu com Hewitt questionando o pré-candidato sobre mais nomes próprios de líderes militares e políticos de Oriente Médio, o que lhe valeu a reprovação de Trump.

“Você está me perguntando nomes e acho que é algo ridículo. Trata-se de indivíduos concretos e, certamente, não lhes conheço. Jamais lhes conheci pessoalmente. Nunca estive em uma posição para conhecê-los”, se defendeu Trump em referência a sua carreira empresarial, afastada da política internacional. EFE

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