Tsipras assegura que se mantém firme em seus compromissos eleitorais

  • Por Agencia EFE
  • 31/01/2015 07h07

Atenas, 31 jan (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou que se mantém firme em seus compromissos eleitorais, após uma reunião de crise com sua equipe econômica para avaliar as visitas a Atenas do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e do dirigente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Segundo fontes governamentais citadas pela imprensa local, Tsipras confirmou portanto que o Governo mantém sua intenção de renegociar o plano de resgate e as condições da dívida com a troika de credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

“Meus antecessores fizeram outras coisas depois das eleições. Perderam o apoio do povo e caíram. Acho que tenho que ser fiel e coerente com meus compromissos”, disse Tsipras durante o encontro que manteve ontem com o ministro das Finanças, Yanis Varufakis, e o vice-primeiro-ministro, Yanis Dragasakis.

Segundo estas mesmas fontes, o primeiro-ministro teria mostrado sua determinação de aplicar, apesar das pressões, o chamado “Programa de Salônica”, um plano de medidas para ajudar os mais necessitados e reativar a economia.

“Desejamos bom apetite à senhora Merkel, mas não vai comer o povo grego. Não se serve o povo grego para jantar”, assegurou à emissora local “Mega” o ministro de Estado, Nikos Pappas, em alusão ao jantar de ontem entre a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande, e Schulz para avaliar a situação da Grécia.

A visita de Dijsselbloem acabou um grande mal-estar por parte do chefe do Eurogrupo, como ele mesmo deixou ver no final do pronunciamento conjunto com Varufakis, do qual se despediu com uma breve saudação e visivelmente contrariado por suas últimas declarações.

O titular de Finanças expôs a Dijsselbloem que o governo grego não reconhece a troika de credores como um organismo legítimo para renegociar o programa de resgate do país.

O governo anunciou que segue em frente com a paralisação do plano de privatizações de entes públicos como as elétricas, iniciado pelo Executivo anterior, e ontem deu ordem de dissolver a empresa encarregada de tramitar este programa conhecida como Taiped. EFE

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