Turistas que posaram nus na Malásia são condenados simbolicamente

  • Por Agencia EFE
  • 12/06/2015 09h24

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Bangcoc, 12 jun (EFE).- Um tribunal da Malásia condenou nesta sexta-feira a três dias de prisão e ao pagamento de uma multa os quatro turistas detidos na quarta-feira por posar nus no monte Kinabalu, no leste do país, informou a imprensa local.

Antes da decisão, os acusados – dois canadenses de 23 e 22 anos, um holandês de 23 anos e uma britânica de 24 – tinham aceitado as acusações de comportamento obsceno em espaço público diante do juiz em Kota Kinabalu, no estado de Sabah.

A sentença permitiu a libertação dos acusados, que enfrentavam uma pena de três meses e que superaram a condenação imposta com o tempo passado sob custódia policial, segundo o portal “Malaysiakini”.

O juiz também impôs o pagamento de uma multa de 5.000 ringgits (US$ 1.331) aos quatro turistas, que compareceram ao Tribunal algemados, no meio de um forte desdobramento policial.

Os quatro faziam parte de um grupo de 27 turistas que realizava a descida após ter alcançado o cume e tiraram fotografias nus junto a outros seis viajantes que as autoridades malaias até buscam.

Segundo a acusação, os turistas fizeram um desafio de tirar fotos nus, apesar do frio no cume deste monte de mais de 4.000 metros de altitude e dos pedidos dos guias para que não o fizessem.

O advogado da defesa, Ronnie Chiam, apresentou como atenuantes a ignorância e o arrependimento dos acusados, de quem assegurou que “como gesto de remorso querem estender sua desculpa pública ao povo de Sabah e da Malásia”.

O incidente ocorreu na madrugada do dia 30 de maio, seis dias antes do terremoto de 6 graus na escala Richter que causou a morte de 18 excursionistas e guias no Kinabalu, um popular destino turístico desta região na ilha de Bornéu.

Após a circulação das imagens pelas redes sociais, líderes de comunidades indígenas culparam os turistas por terem irritado com sua atitude os espíritos do local que consideram sagrado e desencadeado o terremoto.

Os turistas também poderiam enfrentar um processo em um tribunal de nativos, que poderia condená-los a pagar as despesas da cerimônia para acalmar os espíritos, incluindo os búfalos que seriam sacrificados. EFE

jcp/ma

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