União Europeia se move para garantir isenção de visto para cidadãos turcos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/05/2016 10h29
29/11/2015O fortalecimento de cooperação e a gestão do fluxo migratório dominam a cúpula de domingo (29) entre União Europeia (UE) e Turquia, que ocorre em Bruxelas e contará com a presença do primeiro-ministro português, Antônio Costa. Chefes de Estado e de Governo europeus como o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. Fotos Públicas Turquia e União Européia

A Comissão executiva da União Europeia (UE) recomendou que cidadãos turcos tenham permissão para viajar para a Europa sem vistos no período de férias e viagens de negócios, um grande passo para o cumprimento de uma parte fundamental de um acordo realizado com a Turquia para lidar com a crise imigratória.

A Comissão disse, nesta quarta-feira, que a Turquia atendeu à maioria dos 72 critérios necessários para uma isenção de visto e instou os Estados membros da UE e seus legisladores a endossarem o movimento até 30 de junho.

O vice-presidente da Comissão, Frans Timmermans, disse que “ainda há trabalho a ser feito como uma questão de urgência, mas se a Turquia sustentar o progresso feito, eles podem satisfazer os critérios de referência restantes”.

A Turquia tem que cumprir os últimos cinco critérios antes da isenção de visto ser aprovada.

A medida faz parte de um pacote de incentivos oferecidos para a Turquia e que incluem 6 bilhões de euros (US$ 6,8 bilhões) em ajuda aos refugiados sírios e às negociações de adesão. Persuadir Ancara para barrar os imigrantes que chegam no país com destino a outros países da Europa e levá-los de volta à Grécia têm sido o principal objetivo de Bruxelas .

O acordo tem levantado questões legais e morais, uma vez que nações da UE não chegaram a consenso entre si sobre como lidar com a situação de emergência de refugiados e preferiu terceirizar a questão para a Turquia, onde quase 3 milhões de refugiados estão hospedados, a maioria saídos da guerra na Síria.

A liberalização dos vistos, que deve ser aprovada até 30 de Junho, seria um sinal importante de um passo que os europeus dariam em relação às promessas feitas. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou que todo o acordo entrará em colapso se a UE renegar qualquer garantia. 

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