Venezuela lembra amanhã os dois anos da morte de Hugo Chávez

  • Por Agencia EFE
  • 04/03/2015 22h12

Caracas, 4 mar (EFE).- O chefe de governo do Distrito Capital de Caracas, Ernesto Villegas, anunciou nesta quarta-feira, em entrevista ao canal “Venevisión”, que o governo venezuelano terá uma “programação intensa” para lembrar a partir de amanhã os dois anos da morte de Hugo Chávez nas principais cidades do país.

As homenagens começarão já durante a madrugada com uma queima de fogos para o líder da “revolução bolivariana”. Além disso, o governo deve instalar “arquibancadas anti-imperialistas” nas principais praças do país, e às 16h25 (horário local), hora em que Chávez faleceu, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fará uma deferência no Quartel da Montanha, onde estão os restos mortais daquele que do “comandante eterno”, como é conhecido.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, informou que na quinta-feira os quartéis de todo o país terão o toque de alvorada em sua homenagem e na Praça de Bolívar será escutado o hino nacional.

Hugo Chávez, que presidiu Venezuela de 1999 a 2013, morreu em consequência de um câncer que em um ano e oito meses o levou em quatro ocasiões à sala de cirurgia em Cuba e a várias sessões de quimio e radioterapia.

De acordo com o prefeito do município Libertador de Caracas, Jorge Rodríguez, do governante partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), os tributos se estenderão por dez dias.

As atividades em lembrança do líder começarão na véspera da chegada de uma delegação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) ao país, liderada por seu secretário-geral, Ernesto Samper, para “apoiar a democracia e a soberania da Venezuela”, conforme disse Maduro ontem durante seu programa de TV semanal.

Atualmente, a Venezuela atravessa uma forte crise econômica, com a inflação acima dos 65% e uma forte queda dos preços do petróleo, que representa 90% de sua receita. A isso se soma uma crise política agravada pela recente prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, acusado de estar vinculado com uma tentativa de golpe.

A Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os principais partidos políticos da oposição, não programou atividades para esta quinta-feira. No entanto, outro grupo de opositores, liderado pela ex-deputada María Corina Machado, convocou hoje uma “mobilização” para o próximo domingo em várias cidades contra a resolução que permite às forças armadas o uso de armas potencialmente letais no controle de manifestações. EFE

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