Viúva de militar morto no Níger confirma relato de congressista sobre Trump

  • Por EFE
  • 24/10/2017 08h46
EFE Segundo Myeshia Johnson, a conversa com Trump lhe fez "chorar", pelo "tom" de voz do presidente e pelo que ele disse sobre o falecido

viúva de um soldado americano que morreu este mês no Níger confirmou nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lhe disse por telefone que seu marido “sabia no que tinha se metido”, confirmando a versão deste polêmico telefonema oferecida pela congressista democrata Frederica Wilson.

A legisladora, que estava ao lado da família do sargento morto durante o telefonema de Trump, garantiu na semana passada que o presidente tinha dito que o militar “sabia no que tinha se metido”.

Essas palavras resultaram em numerosas críticas ao presidente por sua aparente falta de sensibilidade perante a dor da esposa de um militar morto em combate.

O sargento La David Johnson morreu este mês em uma emboscada no Níger junto com outros três militares americanos e sua viúva, Myeshia Johnson, rompeu hoje o silêncio em uma entrevista à emissora “ABC” sobre o telefonema de condolências que recebeu de Trump.

O que a congressista Wilson contou sobre essa ligação “não é inventado”, mas “100% correto”, explicou a viúva.

Segundo Myeshia Johnson, a conversa com Trump lhe fez “chorar”, pelo “tom” de voz do presidente e pelo que ele disse sobre o falecido.

“Ele (Trump) não conseguia lembrar o nome do meu marido. Isso foi o que mais me machucou”, acrescentou a viúva.

Trump, por outro lado, respondeu imediatamente através do Twitter e alegou que sua conversa com a viúva do sargento foi “muito respeitosa” e que pronunciou o nome do falecido “desde o princípio, sem hesitar”.

A controvérsia sobre o telefonema de condolências cresceu com o passar dos dias e Trump chegou a chamar a congressista Wilson de “louca”.

Além disso, o chefe de gabinete da Casa Branca, o general reformado John Kelly, defendeu Trump e se disse “estupefato e decepcionado” pelas críticas ao governante.

Kelly, que perdeu seu filho na guerra do Afeganistão em 2010, usou o peso da sua experiência pessoal e profissional para tentar minimizar a polêmica gerada pelas supostas declarações desrespeitosas de Trump.

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