Netanyahu diz que o Irã encoraja “atividade subversiva” na América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 17/02/2014 16h42

Jerusalém, 17 fev (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira ao presidente do Peru, Ollanta Humala, que o Irã encoraja “atividades subversivas” na América Latina e que é a “maior ameaça” à estabilidade e à paz mundial.

“O Irã, infelizmente, continua seu agressivo comportamento, tanto ao armar grupos terroristas e apoiar o massacre do regime de (Bashar al) Assad (na Síria), como ao continuar exortando a destruição de Israel e atividades subversivas por todo o mundo, inclusive a América Latina”, afirmou Netanyahu.

Em um pronunciamento à imprensa antes de uma reunião de trabalho em Jerusalém, o primeiro-ministro israelense fez um repasse das relações bilaterais com o Peru e comentou que a nova rodada de negociações do grupo 5+1 com o Irã, que começará amanhã, só beneficia Teerã.

Para o dirigente israelense, as aspirações deste país “de conseguir uma arma nuclear são a maior ameaça” à paz mundial, e as negociações para pôr fim a seu programa nuclear não beneficiaram ninguém além do Irã, que “não deu praticamente nada, mas ganhou muito”.

“Conseguiram uma redução das sanções, a economia iraniana melhora, e hoje o líder do Irã, (Ali) Khamenei, disse que estas negociações não conseguirão nada em termos de deter o programa nuclear do Irã, mas muito na hora de aliviar as sanções à economia iraniana”, acrescentou.

Israel vê o programa nuclear do Irã como uma ameaça à sua própria existência, e se opõe a qualquer acordo com o regime dos aiatolás até que este entregue todo o urânio enriquecido que acumulou até agora.

Por isso, Netanyahu advogou por uma política que “ponha fim à agressividade do Irã, a seu programa nuclear de caráter militar”, até transformar esse país “em uma nação entre as nações e não um Estado vilão com armas nucleares”.

Já o presidente peruano, que hoje começou uma visita oficial de três dias a Israel e à Autoridade Nacional Palestina (ANP), não fez comentários sobre o Irã, e se limitou a dizer em termos gerais que seu governo tem “uma política internacional consistente com (as decisões de) organismos internacionais. EFE

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