ONU considera que Sudão do Sul está em uma “encruzilhada”

  • Por Agencia EFE
  • 01/01/2014 15h19

Juba, 1 jan (EFE).- A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou nesta quarta-feira que o Sudão do Sul se encontra em uma “encruzilhada” há duas semanas, quando “começou uma luta política e se transformou em duros enfrentamentos”, conforme informou a representante especial da ONU no país, Hilde Johnson.

Em entrevista coletiva, ela afirmou que “a situação ainda pode se salvar, mas que o presidente do país, Salva Kiir, e o ex-vice-presidente Riek Machar devem sentar e dialogar, para evitar que as condições da região piorem”.

A ONU apóia a posição dos líderes da África Oriental, integrados na Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad), e as exigências impostas a ambas as partes para iniciar as negociações. Também espera que seja posto um fim à violência especialmente entre etnias, algo que Hilde Johnson qualificou como “perigoso”.

A representante das Nações Unidas pediu às partes em conflito que levem perante a justiça os responsáveis pelos assassinatos cometidos nos últimos dias no país, para “evitar que a violência continue”.

Afirmou também que a missão da ONU continuará protegendo os mais de 16 mil civis que pediram proteção à organização e que hoje estão repartidos em diferentes acampamentos da ONU em Juba, Bor, Malakal e Bentiu.

“Temos sete mil soldados das Nações Unidas que estão trabalhando nestes acampamentos e esperamos a chegada de mais reforços”, explicou Hilde, que advertiu da necessidade de US$ 166 milhões de ajuda para manter todos os refugiados.

O conflito começou em 15 de dezembro e causou centenas de mortos. A situação é marcada pela violência étnica, já que o presidente sul-sudanês pertence ao clã Dinka e seu principal rival político, Riek Machar, é da tribo Lou Nuer. EFE

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