Peña Nieto pede proteção para imigrantes e novo enfoque sobre as drogas

  • Por Agencia EFE
  • 29/09/2015 01h18

Nações Unidas, 28 set (EFE).- O presidente do México, Enrique Peña Nieto, propôs nesta segunda-feira na ONU a criação de um “esquema mundial de proteção” dos imigrantes e defendeu a necessidade de replanejar a visão internacional sobre o problema das drogas.

“É um fato: nosso presente está marcado pelo movimento migratório de milhões de pessoas, que buscam melhores condições de vida. Infelizmente, em todos os continentes, em todas as latitudes, os imigrantes vivem histórias de risco, rejeição, discriminação e abuso”, disse Peña Nieto perante a Assembleia Geral da ONU.

O presidente mexicano lembrou que essas condições “se agravam quando, por ignorância, má fé, racismo ou mero oportunismo político, os migrantes e seus filhos são estigmatizados e responsabilizados pelas dificuldades próprias dos países de destino”.

“Não permitimos que esta injustiça continue”, disse Peña Nieto, que pediu que sejam somados esforços “para criar um esquema mundial de proteção aos direitos do migrante, à altura dos desafios que estamos vivendo”.

Além disso, o mexicano advertiu que em um contexto de crescentes desigualdades e crise econômica, o mundo enfrenta a “ameaça dos novos populismos”.

“Novos populismos de esquerda e de direita, mas todos arriscados por igual”, ressaltou, fazendo uma chamada a estar alerta perante que “semeiam ódio e rancor” e tratam de “dividir” as sociedades.

Sobre o problema das drogas, Peña Nieto disse que os “poucos resultados obtidos em décadas” obrigam a replanejar a visão sobre este assunto.

“No México, consideramos indispensável uma resposta internacional mais eficaz, mais justa e mais humana”, disse.

Nesse sentido, o líder acredita que a sessão especial sobre drogas que a Assembleia Geral da ONU realizará no próximo ano sirva para desenvolver políticas que ponham o centro de atendimento “no bem-estar e a dignidade das pessoas”.

Por outro lado, Peña Nieto reiterou o compromisso do México com as Nações Unidas e pediu um avanço na reforma e modernização do Conselho de Segurança.

“É inaceitável que se chegue a utilizar o poder de veto com fins exclusivamente nacionais e freando com isso, a ação internacional”, assinalou o presidente mexicano.

O México respalda uma iniciativa da França para restringir o veto em casos de violações graves do direito internacional ou dos direitos humanos. EFE

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