Ao lado de Doria, Alckmin diz que sucessão em SP não está definida

  • Por Estadão Conteúdo
  • 15/01/2018 14h01
Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo Questionado sobre o apoio da sigla ao seu vice-governador, Márcio França (PSB), Alckmin disse que ainda não está definido. "Meu partido ainda não deliberou, vamos aguardar as convenções", disse

Ao lado do prefeito da capital paulista João Doria (PSDB), o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira, 15, que o partido decidirá a sucessão do governo paulista apenas nas convenções. Questionado sobre o apoio da sigla ao seu vice-governador, Márcio França (PSB), Alckmin disse que ainda não está definido. “Meu partido ainda não deliberou, vamos aguardar as convenções”, afirmou a jornalistas nesta sexta, na abertura da 45ª Feira Internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Assessórios de Moda.

A convenção do PSDB está marcada para 8 de março, quando o próprio governador disputará as prévias com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, para ser candidato à Presidência da República.

Os tucanos comandam o Estado desde 1995 e há ao menos cinco pessoas que pretendem herdar este legado. Declaradamente, os tucanos Luiz Felipe D’ Ávila, cientista político, e Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social de Alckmin. Nos bastidores do partido, o senador José Serra e o prefeito João Doria sinalizam interesse.

Depois da fala de Alckmin, Doria negou a intenção de disputar o governo do Estado. “Sou candidato a ser prefeito da cidade de São Paulo”, repetiu o que já disse em outras ocasiões.

Nos bastidores, Doria tem costurado sua candidatura ao governo do Estado. Ele confirmou nesta segunda a reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris (PSDB), na terça-feira, 16, quando devem discutir apoio de partidos a uma eventual candidatura. Segundo reportagem do jornal O Estado de S Paulo nesta segunda, França tem trabalhado para esvaziar a reunião – dos 20 deputados estaduais confirmados na semana passada, 8 já desistiram.

O vice-governador tem cobrado “coerência” de Alckmin ao pedir seu apoio na disputa pelo governo do Estado. Ele chegou a dizer que, se o PSDB não apoiá-lo, vai tirar os cargos do partido, quando assumir o lugar de Alckmin – se ele for confirmado o candidato à Presidência. O tucano disse, contudo, que “isto não está em discussão”. O PSB tem uma bancada de 32 deputados na Câmara.

No discurso que abriu o evento da CouroModas, o presidente da entidade, Francisco Santos, rasgou elogios ao prefeito e ao governador.

A este segundo, disse: “é 45 aqui, 45 ali, nas urnas”, em referência ao número do partido e ao “aniversário” da feira. Já o prefeito, em sua fala, disse que espera o governador no evento da CouroModas no ano que vem, como presidente.

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