Carlos Fernando Lima sobre acordos de leniência: “não são feitos para salvar empresas”

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2017 12h25 - Atualizado em 15/08/2017 12h28
Jovem Pan Os acordos de leniência vem sendo criticados por grande parte da população

Um dos assuntos tratados no Fórum Mitos & Fatos da Jovem Pan foi os polêmicos acordos de leniência, como o que foi feito pela Odebrecht e também pela JBS mais recentemente, entregando informações para combater a corrupção no setor público. Nesta terça-feira (15), o procurador Carlos Fernando Lima reiterou que que essa prática é muito complexa e que eles não os fazem para salvar empresas.

Lima afirma a necessidade de ter uma visão abrangente sobre a leniência, já que existem diversos interesses contrapostos. Ele aponta que acordos feitos sob o mesmo objeto com muitas empresas é ilegal.

“Existe uma certa flexibilidade pelos fatos novos que as empreiteiras trazem. O acordo da nossa parte visa a produção de provas. O nosso ponto é o quanto aquelas provas são necessárias para derrubar esquemas criminosos. Não fazemos acordos para salvar empresas, apesar de ser isso o que eles querem”, enfatizou.

O procurador ainda mostrou que muitas das empresas que fazem o acordo com o Ministério Público acabam tendo dificuldades para lidar com o governo depois, como se fosse um castigo pela falta de confiança. Para ele, é necessário ter um sistema republicano para que a relação não seja comprometida pelos fatos.

“Há uma resistência muito grande com as empresas que fazem acordo com o Ministério Público. Elas ficam com dificuldade com o governo após o acordo. Precisamos ter um sistema republicano para que esses fatos não comprometam essa relação”, acrescentou.

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