Copppal diz que condenação de Lula obedece estratégia setores conservadores

  • Por EFE
  • 12/07/2017 19h24 - Atualizado em 12/07/2017 19h25
Reprodução-Twitter Presidente da Copppal, Manolo Pichardo, reitera que a América Latina não pode ficar de braços cruzados com a condenação de Lula

A Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina e do Caribe (Copal), opinou nesta quarta-feira que a condenação a nove anos de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obedece a uma estratégia conservadora para o impedir de voltar ao poder.

Em um documento assinado por seu presidente, o dominicano Manolo Pichardo, a Copppal afirma que a sentença é uma manobra dos setores conservadores da região, liderados pelos Estados Unidos, contra o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT).

No comunicado, o organismo denuncia “o descrédito midiático como passo prévio de assédio para justificar processos judiciais que tirem do poder os líderes progressistas que o conquistaram com o voto popular”, manobra conhecida como Plano Atlanta, que “vem avançando com certo sucesso na região”.

“Lula é, para os conservadores que desprezam a América Latina, uma pedra no sapato”, já que sua agenda, “marcada pela inclusão e uma distribuição mais justa de renda, prejudica os predadores e obscenos negócios que geram pobreza e degradam a dignidade humana”.

Para a Copppal, “o Plano Atlanta é uma aposta para romper a ordem institucional e democrática afiançada durante os governos progressistas, para que seja instaurado o caos que justifique a intervenção dos tradicionais condutores do destino latino-americano marcado pelo despojo e a humilhação”.

A entidade disse que os povos da América Latina e do Caribe “não podem cruzar de braços diante destas ameaças, que já transformam em realidade o desmanche das conquistas sociais e econômicas alcançadas sob os ataques da perseguição, da tortura e do derramamento de sangue”.

Lula foi condenado nesta quarta-feira a nove anos e meio de prisão pela 13ª Vara Federal, em Curitiba, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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