CPMI ouve procurador acusado de receber suborno da JBS; assista

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2017 10h34 - Atualizado em 17/10/2017 10h59
Reprodução/TV Câmara Procurador federal Ângelo Goulart Villela, acusado de repassar informações à JBS, fala à CPMI

A CPI Mista da JBS ouve nesta terça-feira (17) o procurador federal Ângelo Goulart Villela. Villela foi acusado de ter atuado como infiltrado na força-tarefa da Operação Greenfield, do Ministério Público e da Polícia Federal, em troca do recebimento de suborno da empresa JBS, para a qual vazaria informações.

Ele chegou a ser preso, no dia 18 de maio, durante a Operação Patmos, e solto em agosto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Acompanhe ao vivo:

Ângelo Goulart Villela deu entrevista em setembro à Folha de S. Paulo em que acusou o ex-procurador-geral Rodrigo Janot de tentar derrubar o presidente Temer e barrar Raquel Dodge, atual PGR. Ele foi preso durante a Operação Patmos e denunciado por corrupção passiva, violação do sigilo funcional (vazar informações à JBS) e obstrução da Justiça.

Villela é ex-integrante da força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão, entre os quais investimentos do Petros, dos funcionários da Petrobras, e Funcef, dos empregados da Caixa Econômica Federal, em uma empresa de celulose controlada pelo grupo J&F, a Eldorado.

O procurador foi preso em maio, acusado de receber uma mesada de R$ 50 mil para passar informações sobre as investigações ao advogado do grupo J&F Willer Tomaz de Souza, também preso na época.

Reprodução

Ângelo Goulart Villela e Willer Tomaz foram fotografados por Joesley Batista em jantar na casa do advogado, que teria recebido informações das investigações (Reprodução)

Outros requerimentos

Na mesma reunião, a CPI vai votar o requerimento que pede a transferência dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de e-mail do ex-chefe de departamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) José Cláudio Rego Aranha. A quebra de sigilo é para o período em que Aranha acumulou a função de funcionário do BNDES e membro do Conselho de Administração da JBS, entre setembro de 2007 e junho de 2008.

A comissão ainda vai votar a convocação do empresário Victor Garcia Sandri e o convite a Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça. Conforme o requerimento, Aragão é doutor em Direito e poderá colaborar com os trabalhos da CPI.

Já na quarta-feira (18), às 9h, a comissão vai ouvir Francisco Assis e Silva, executivo da JBS, e Vinicius Marques de Carvalho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com Agência Câmara

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