Defesa do ex-diretor da Dersa diz que sua prisão foi arbitrária

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/04/2018 09h57
EVELSON DE FREITAS/ESTADÃO CONTEÚDO Foto de arquivo de 16/02/2011 do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto

A defesa do engenheiro Paulo Vieira de Souza informou na manhã desta sexta-feira (6) que a prisão do ex-diretor de Engenharia do Dersa nos governos tucanos de Geraldo Alckmin e José Serra não tem qualquer relação com a Lava Jato. “Foi decretada no âmbito de processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para construção do Rodoanel Sul”, informam os advogados Daniel Bialski e José Roberto Santoro.

No entendimento da defesa, a ordem de prisão do ex-diretor da Dersa foi uma medida “arbitrária, sem fundamentos legais, além de desnecessária diante do perfil e da rotina do investigado, sempre à disposição da Justiça”.

Paulo Preto foi denunciado pelo MPF, junto a outros quatro suspeitos, pelos crimes de formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema público e peculato. Os nomes teriam desviado recursos, em espécie e em imóveis, entre os anos de 2009 e 2011, no total de R$ 7,7 milhões destinados ao reassentamento, ao prolongamento da Avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê.

A denúncia foi feita após investigação iniciada no MPE de São paulo pelos desvios de apartamentos e de pagamentos de indenizações. Durante as investigações, a Promotoria suíça disse que Preto mantinha o equivalente a R$ 114 milhões em contas no exterior.

Paulo Preto foi diretor da estatal que administra as rodovias de SP entre 2005 e 2010. os procuradores pediram ainda a quebra de sigilo bancário dele. Eventuais saldos que existem em contas no exterior também foram bloqueados, segundo determinação da 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de SP.

Sobre esta prisão, o prefeito de João Doria (PSDB), em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, foi categórico: “da mesma maneira [que Lula], a lei é para todos, não há processo seletivo. A lei deve valer para todos, Paulo Preto, Lula, igual. Investigue-se e puna-se a quem deve punir”.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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