Em Barcelona, Dilma denuncia “golpe” com prisão de Lula

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2018 13h08 - Atualizado em 11/04/2018 13h10
EFE/Chema Moya Dilma participa da conferência "Brasil, uma democracia ameaçada", em Madrid, nesta terça (10)

A presidente cassada Dilma Rousseff realiza de uma “turnê pela Espanha” para “denunciar” à comunidade internacional a prisão, segundo ela ilegal, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta quinta (12), Dilma participará de evento no Colégio de Advocacia de Barcelona, onde, segundo seu site oficial, vai denunciar o “aprofundamento do Estado de Exceção no Brasil”.

“Precisamos da solidariedade internacional. A democracia no Brasil está em risco por causa do golpe parlamentar”, disse a ex-presidente que sofreu impeachment. “O PT vai lutar em todas as instâncias jurídicas para que Lula seja candidato à Presidência da República”, garantiu a sucessora do petista.

“O encarceramento de Lula é a nova etapa deste golpe”, disse ainda Dilma.

Para Dilma, Lula só foi preso porque lidera as pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial.

Dilma defendeu também que a prisão só ocorra depois de esgotados todos os recursos.

“A Constituição brasileira diz, no artigo 5º, que todos são iguais perante a lei. E, neste artigo, no inciso 57 está previsto que ninguém pode ser considerado culpado se sua sentença não transitou em julgado”, citou a ex-presidente.

A ex-presidente entende que o Supremo Tribunal Federal julgou Lula com “casuísmo”. Para Dilma, a presidente do STF Cármen Lúcia não deveria ter votado e o placar deveria ter sido considerado 5 a 5 em relação ao pedido de “habeas corpus” do ex-presidente, o que favoreceria o réu.

“Lula foi condenado injustamente pela Justiça”, disse Dilma.

Lula foi condenado em duas instâncias na Lava Jato, com pena final de 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. O ex-presidente é acusado de receber como propina as reformas no apartamento no litoral paulista direcionado a ele pela empreiteira OAS, a qual o petista teria favorecido em contratos com a Petrobras.

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