Fachin decide levar a plenário segundo pedido de Palocci por liberdade

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/07/2017 21h26
BRA01. CURITIBA (BRASIL), 26/09/2016.- El exministro de Hacienda de Brasil, Antonio Palocci, uno de los hombres más influyentes en los Gobiernos de Luiz Inácio Lula da Silva y Dilma Rousseff, llega hoy, lunes 26 de septiembre de 2016,a declarar en el caso de corrupción de la Lava Jato donde es acusado de recibir sobornos para intervenir en ambas administraciones en defensa los intereses de la constructora Odebrecht, en Curitiba (Brasil). EFE/HEDESON SILVA EFE/HEDESON SILVA Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, a Operação Omertà

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar para votação no plenário da Corte uma outra ação em que o ex-ministro Antonio Palocci pede liberdade. O ministro já havia decidido, há 2 meses, que um habeas corpus apresentado pela defesa de Palocci será julgado pelos 11 ministros da Corte – o que ainda não aconteceu.

Neste outro pedido de Palocci, uma reclamação, a defesa do ex-ministro questiona a decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e pede acesso aos conteúdos das investigações contra ele. A PGR se manifestou, em seguida, pedindo que o caso seja julgado no plenário, como o primeiro. Fachin concordou.

“Em razão da coincidência parcial das matérias, a fim de evitar dissensos entre pronunciamentos da Corte, nos termos do art. 6º, II, “c”, c/c art. 21, I e XI, ambos do RISTF, acolho o pleito ministerial e submeto o agravo regimental ao crivo do Plenário”, diz Fachin.

Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, a Operação Omertà.

O julgamento dos dois pedidos de liberdade no plenário ainda não tem previsão.

Habeas

A opção por levar o primeiro dos pedidos ao plenário foi tomada em decisão no dia 3 de maio, após três derrotas consecutivas em habeas corpus julgados na 2ª Turma do STF, colegiado composto por Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Na ocasião, a estratégia de Fachin de ampliar a discussão ao plenário não foi justificada pelo ministro. Naquele momento, ministros da Primeira Turma do tribunal defenderam a discussão no plenário sobre um entendimento comum da Corte em relação a habeas corpus de presos preventivamente.

Em relação a esse habeas corpus, o juiz Sérgio Moro apresentou no dia 30 de junho uma nova manifestação defendendo a manutenção da prisão de Palocci. O juiz enviou uma cópia da decisão tomada na semana passada em que Palocci foi condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na Lava Jato.

Esta foi a primeira condenação do petista no escândalo Petrobras – ele responde ainda a outra ação penal, por propinas da Odebrecht, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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