Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira deixam presídio no Rio após decisão de Mendes

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/08/2017 11h26
Tânia Rêgo/Fotos Públicas Rei do Ônibus, Jacob Barata Filho é investigado por comandar esquema de corrupção que teria pago R$ 260 milhões à políticos do Rio de Janeiro

O empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, deixaram na manhã deste sábado o presídio de Benfica, onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

Os dois são réus na Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que desmontou esquema de corrupção no setor de transportes do Rio, e tiveram ontem a soltura ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Na decisão, o ministro determinou o recolhimento domiciliar, a retenção de passaporte e a proibição de contato com outros investigados na ação.

Esse foi o segundo habeas corpus concedido por Gilmar Mendes nesta semana para liberar o empresário conhecido como o “rei do ônibus no Rio” e Lélis Teixeira. Na quinta-feira, Gilmar concedeu o primeiro habeas corpus aos réus. Pouco depois, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, expediu novos mandados de prisão.

As investigações apontam que havia uma organização criminosa, atuante no setor de transportes do Estado do Rio, responsável pelo pagamento de mais de R$ 260 milhões a políticos e agentes públicos. De acordo com o MPF, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral recebeu R$ 122,85 milhões em propinas do esquema entre 2010 e 2016.

A força-tarefa da Lava Jato no Rio identificou que essa é mais uma das ramificações da organização criminosa que seria liderada por Cabral.

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