JBS perde R$ 955 mi em valor de mercado após anúncio de novo presidente

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/09/2017 21h13
BRA111. LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Vista general de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE Escolha de José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, reitera a posição de controle da família e esvazia rumores sobre a possibilidade de uma venda de parte da companhia pelos Batista

Em mais um pregão com recorde histórico de pontuação do Ibovespa, as ações da JBS foram o destaque negativo da bolsa e registraram queda de 3,95% nesta segunda-feira, 18, o que representa uma perda de R$ 955 milhões em valor de mercado para a empresa.

A desvalorização sofrida pelos papéis da processadora de carne ocorre no primeiro pregão após seu conselho de administração anunciar a escolha de José Batista Sobrinho, fundador da JBS e pai dos irmãos Wesley e Joesley Batista, para a presidência da companhia.

O Ibovespa, por sua vez, encerrou o pregão em alta de 0,31%, aos 75.990,40 pontos. Durante o dia, o indicador chegou a alcançar o patamar inédito de 76.403,57 pontos. Com o resultado de fechamento, a valorização da bolsa em setembro é de 7,28% – variação que já supera os 6,49% acumulados em todo o mês de agosto. No ano, a alta acumulada é de 26,17%.

A reação do mercado à notícia de que Zé Mineiro, como é conhecido o patriarca da família, assumirá o comando do frigorífico interrompe uma sequência de três pregões com variação positiva da ação da JBS, nos quais acumulou uma alta de 9,5%. Os ganhos consecutivos foram impulsionados pela expectativa de mudanças na administração, frustrada com o anúncio do substituto de Wesley.

Segundo a equipe de análise do BTG Pactual, a decisão do conselho de administração de alçar José Batista Sobrinho ao comando da JBS reitera a posição de controle da família e esvazia de sentido os recentes rumores sobre a possibilidade de uma venda de parte da companhia pelos Batista.

Outro ponto importante, avaliam os analistas, é o atraso na “tão esperada transição para uma gestão profissional”.

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