Maia: no limite, reforma deve ir a Plenário com 315 votos; ideal é com 330 votos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/12/2017 13h39 - Atualizado em 12/12/2017 13h40
EFE/arquivo/Joédson Alves EFE/arquivo/Joédson Alves Até o momento, apenas três legendas decidiram fechar questão: PMDB, PTB e PPS

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 12, que a “intenção” dele é começar a votação da reforma da Previdência no plenário da Casa na próxima terça-feira, 19. Ele disse que o “ideal” é que a matéria vá à votação quando o governo tiver a certeza de que tem 330 votos a favor da proposta, mas ressaltou que, “no limite”, pode dar início à votação com 315 votos.

O parlamentar fluminense, porém, ressaltou que continua achando “muito difícil” conseguir os apoios necessários para votar a reforma na próxima semana.

“Nossa intenção é votar na próxima semana. É começar a discussão na quinta-feira (14), começar a votação na terça-feira (19) de manhã, pelo menos”, disse Maia em entrevista na Câmara.

O parlamentar fluminense informou que contará os votos até a próxima segunda-feira, 18, e cobrou empenho dos líderes da base aliada e do novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS), que toma posse na quinta-feira, 14, para alcançar os 308 votos mínimos necessários para aprovar a reforma na Casa. “A gente precisa que os líderes da base e o novo secretário de Governo organizem os votos para que a gente tenha tranquilidade”, declarou.

Maia afirmou que o fechamento de questão por parte de alguns partidos para obrigar deputados a votarem a favor da reforma deve ajudar a alcançar os votos, na medida em que ajuda o deputado a se justificar perante suas bases eleitorais.

Até o momento, apenas três legendas decidiram fechar questão: PMDB, PTB e PPS. Partido do presidente da Câmara, o DEM deve decidir em convenção nacional marcada para esta quinta-feira, 14, se também fecha questão. “O DEM vai caminhar para dar um resultado contundente para essa votação. (…) Fechar questão às vezes é bom, porque você dá força para o voto do deputado”, declarou.

O presidente da Câmara criticou os integrantes do governo que defendem ir para o “tudo ou nada”: ou seja, votar a reforma da Previdência mesmo sem a certeza de que tem os votos necessários para aprová-la. “Se você tiver 279, 270 votos ir para o tudo ou nada significa o que: se jogar do 30º andar sem rede, sem paraquedas. Eles que se joguem. A Câmara vai votar se tiver voto Essa é uma matéria muito importante para o Brasil. Se a gente estiver longe dos 308 e botar para votar, em vez de ter 280, vai ter 150 votos no plenário”, afirmou o parlamentar fluminense.

Maia ressaltou que não mudou de opinião da segunda para esta terça e que continua dizendo que é “muito difícil” votar na próxima semana. Mesmo pessimista, afirmou que não vai “jogar a toalha em momento nenhum”. “Esse tema só sai da pauta quando for votado, e espero que seja votado neste ano ou, no máximo, no início do ano que vem”, declarou.

Na avaliação dele, o cenário está melhorando, com a ajuda dos meios de comunicação e da propaganda que o governo vem fazendo a favor da reforma. “Não estou preocupado com (efeito da reforma na) Bolsa (de Valores), estou preocupado com as futuras gerações”, declarou.

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