Mais dois senadores deixam CPMI da JBS

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/09/2017 20h13 - Atualizado em 13/09/2017 20h14
Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. Em discurso, senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto / Agência Senado Senador Cristovam Buarque (PPS-DF), afirma que a escolha do deputado Carlos Marun como relator denota a chapa branca

Recém-criada no Congresso, a CPMI da JBS teve mais duas baixas nesta quarta-feira, 13. Os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Dário Berger (PMDB-SC) pediram para deixar o colegiado.

Cristovam atribuiu a decisão à escolha do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como relator da comissão. “Eu não gosto de CPI, não tenho vocação. Mas a saída também tem a ver com a indicação do relator porque acho que estão fazendo chapa branca”, afirmou.

A rebelião provocada pela escolha de Marun, conhecido pela defesa enfática que faz do governo de Michel Temer, já havia resultado na saída de outros dois integrantes: os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Otto Alencar (PSD-BA). Todos os que deixaram o colegiado são de partidos da base.

Procurado, Berger não havia se manifestado sobre o motivo que o levou a pedir para deixar a CPMI até a publicação da notícia. Sua indicação foi anunciada hoje pelo líder do PMDB, Raimundo Lira.

O senador catarinense é um dos que tiveram a campanha financiada pela JBS. Ele recebeu R$ 500 mil em 2014. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou nesta quarta-feira, quase um terço dos parlamentares que integram a CPMI receberam da empresa, que é alvo da comissão.

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