Marun revela que Temer quase renunciou após vazar delação da JBS

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2017 11h15
EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Michel Temer garante: "não renunciarei" após ser acusado de aprovar propina a Cunha, em maio deste ano

Foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda (13) que o presidente Michel Temer “quase” renunciou quando vazou conteúdo da delação da JBS, em 17 de maio. Quem disse isso foi o aliado de Temer, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o acordo de colaboração do grupo.

“Se alguém for amigo desse Joesley. Doutor, chegou a gora de tu não proreger. Quem tu queria proteger te botou no mato”, dizia Marun ao advogado e delator da JBS, Francisco de Assis e Silva, em sessão secreta.

“Ele (Joesley) quase derrubou o presidente naquele dia 17. O complô era pro dia 18 o presidente renunciar. Quase conseguiu fazer o presidente renunciar! [eleva a voz] E quem tá lhe falando é quem tava dentro do gabinete!”, afirmou, segundo o jornal.

Aliados do presidente chegaram a dizer secretamente à época que uma carta de renúncia chegou a ser redigida em 18 de maio, um dia após a informação de que Temer fora acusado de assumir ter comprado o silêncio de Eduardo Cunha durante a conversa gravada entre ele e Joesley Batista no Palácio do Jaburu. Oficialmente, eles negam a existência da carta.

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