MPF pede à Polícia Federal que investigue delações da Odebrecht em São Paulo

  • Por Agência Brasil
  • 10/07/2017 16h35
BRA51. SAO PAULO (BRASIL), 10/04/2017.- Fotografía de archivo del 22 de diciembre de 2016, de la sede de constructora Odebrecht en la ciudad de Sao Paulo (Brasil). El grupo Odebrecht, implicado en el escándalo de corrupción en Petrobras, causó daños por valor de 5.684 millones de reales (unos 1.810 millones de dólares) en 11 contratos inflados firmados con la estatal entre 2003 y 2014, según un informe de la Policía Federal obtenido hoy, lunes 10 de abril de 2017, por varios medios locales. EFE / SEBASTIÃO MOREIRA / ARCHIVO EFE / SEBASTIÃO MOREIRA Segundo o MPF, as delações fazem referência a pagamentos de propina e caixa 2 da construtora a agentes públicos e candidatos, principalmente nas eleições de 2010, 2012 e 2014

O Núcleo de Combate à Corrupção (NCC), do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, requisitou à Polícia Federal (PF) a abertura de 12 inquéritos policiais para investigar irregularidades delatadas por executivos da Odebrecht ocorridas no estado de São Paulo.

Segundo o MPF, as delações fazem referência a pagamentos de propina e caixa 2 da construtora a agentes públicos e candidatos, principalmente nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Entre os casos que pede para serem apurados estão os financiamentos de campanhas a presidente da República, governador, prefeito, deputado federal e deputado estadual.

“A suspeita é de que o dinheiro tenha sido repassado pela Odebrecht às candidaturas sem declaração à Justiça Eleitoral. Há também informações sobre o pagamento de vantagens indevidas a integrantes de prefeituras paulistas e do governo do estado para o favorecimento da empresa em concessões e obras públicas, como as da Linha-2 do Metrô e da Rodovia Carvalho Pinto”, disse o MPF em nota.

Os casos que o MPF pede que a PF investigue foram encaminhados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (SPF), à primeira instância da Justiça Federal em São Paulo. “Os procuradores que compõem o NCC aguardam a autorização da PGR [Procuradoria-Geral da República] para a formação de uma força-tarefa dedicada às investigações. A constituição do grupo possibilitará que os membros atuem de maneira mais integrada e colaborativa, agilizando o andamento dos trabalhos”.

 

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