“MTST, não esqueçam de proteger o sítio de Atibaia também”, escreve MBL em rede social

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2018 14h05
Reprodução/Polícia Federal O Movimento Brasil Livre (MBL), em publicação no Facebook, questionou se o MTST (Movimento dos Moradores Sem Teto) irá fazer o mesmo com o sítio de Atibaia

Após a ocupação do tríplex no Guarujá atribuído a Lula, o Movimento Brasil Livre (MBL), em publicação no Facebook, questionou se o MTST (Movimento dos Moradores Sem Teto) irá fazer o mesmo com o sítio de Atibaia, também atribuído ao ex-presidente.

Em uma imagem com a foto do sítio, eles escrevem: “Hey [sic] MTST, não esqueçam de proteger o sítio de Atibaia também!”.

Em outras postagens sobre o assunto, eles destacam falas do líder do MTST e palavras de ordem entoadas por militantes para justificar que o tríplex é pertencente ao ex-presidente.

Ocupação durou cerca de quatro horas

Os cerca de 50 manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e da Frente Povo Sem Medo que ocuparam o tríplex do Guarujá atribuído a Lula nesta segunda-feira (16) desocuparam o lugar após negociação com a Polícia Militar. A ação de ocupação demorou cerca de quatro horas.

O MTST e a Frente Povo Sem Medo invadiram na manhã desta segunda-feira (16) o tríplex do Guarujá, atribuído ao ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato, ao qual o petista foi condenado em segunda instância e está preso.

Os invasores tinham bandeiras do MTST na varanda do apartamento. O líder do movimento, Guilherme Boulos, e pré-candidato à presidência da República, transmitiu a invasão ao vivo pela sua página no Facebook. Eles gritavam palavras de ordem como “Moro, presta atenção, sua casa vai virar ocupação”. Há ainda faixas com os dizeres “Povo Sem Medo” e “Se é do Lula é nosso”.

Segundo a PM, os manifestantes quebraram o portão do estacionamento e pularam as grades para conseguir forçar a entrada no edifício. Por conta dos danos ao prédio, será registrado um boletim de ocorrência na delegacia da cidade. A PM faz vistoria no apartamento.

Entenda o caso tríplex

Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017, foram denunciados pelo Ministério Público Federal, pois seriam os verdadeiros dos donos do tríplex no Guarujá.

De acordo com a denúncia, as reformas feitas no imóvel pela construtora OAS, como a instalação de um elevador privativo, eram parte de pagamento de propina da empreiteira a Lula por supostamente ter a favorecido em contratos com a Petrobras.

Para o MPF, as reformas eram destinadas a “um cliente específico”, no caso Lula.

A acusação sustentava que haviam sido destinados a Lula R$ 3,7 milhões na aquisição e reforma do tríplex no Guarujá, sem que o ex-presidente pagasse a diferença pelo apartamento, de melhor qualidade, do imóvel que ele e a esposa pretendiam comprar no prédio. Desse valor, uma parte teria sido utilizada para o armazenamento, entre 2011 e 2016, de presentes que Lula recebeu durante os mandatos como presidente.

Na ocasião da denúncia, os advogados de Lula afirmaram que “o MPF elegeu Lula como maestro de uma organização criminosa, mas esqueceu do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados”, argumentou a defesa.

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