“Não pode abandonar o barco antes”, diz líder do Podemos sobre Doria em 2018

  • Por Marina Ogawa/Jovem Pan
  • 23/09/2017 09h00 - Atualizado em 23/09/2017 09h07
Johnny Drum/Jovem Pan “Tenho dificuldade de acreditar nisso [que Doria deixe a Prefeitura], porque compromissos foram assumidos para serem respeitados", disse Álvaro Dias

A pouco mais de um ano do início da eleição que definirá o próximo presidente da República, as possibilidades de candidatos postulantes ao cargo crescem a cada pesquisa. A última trouxe junto a nomes antigos, como o do ex-presidente Lula, outros novos como os de Jair Bolsonaro e João Doria. Primeiro presidenciável a se colocar contra o Governo Temer, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) afirmou em entrevista exclusiva à Jovem Pan que não considera válidas as atuais pesquisas de voto, por se tratarem de previsões do futuro.

“As pesquisas atuais só têm sentido para medir rejeição, porque dizem respeito ao passado e não ao futuro. Elas não podem medir corretamente as intenções de voto do eleitor. Até porque o eleitor não está decidido em relação às candidaturas, nem sabe quais serão os candidatos, nem nós sabemos. Em relação a rejeição dos políticos, as pesquisas são válidas, mas não considero válidas em relação a intenção de voto, porque diz respeito ao futuro”, explicou.

Ainda sem cravar uma candidatura antes do momento correto, segundo o calendário eleitoral, o senador falou sobre a situação do prefeito de São Paulo, João Doria, e ressaltou que tem dificuldades em acreditar que ele deixaria a Prefeitura para sair como nome para a Presidência.

“Tenho dificuldade de acreditar nisso, porque compromissos foram assumidos para serem respeitados, por isso tenho dificuldade de acreditar. Houve campanha, São Paulo é a capital de maior importância no mundo, tem o terceiro orçamento do País, depois da União e do governo estadual. Quem se elege prefeito assume grande responsabilidade e não pode abandonar o barco antes que ele chegue ao porto seguro”, disse sobre o tucano.

Com relação aos demais nomes que se colocam como pré-candidatos, como Lula e Bolsonaro, o senador do Podemos disse guardar uma postura ética de respeito. “Não devo atirar pelas costas. Qualquer crítica que eu possa formular, eu espero por um debate da campanha eleitoral para poder formular frente a frente. Por isso evito fazer análise das possibilidades dos concorrentes”.

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