Presidente da Caixa depõe à PF no inquérito dos portos, que investiga Temer

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2018 08h48
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil Gilberto Occhi nega o cometimento de qualquer irregularidade

O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, deve depor à Polícia Federal nesta segunda-feira (5) no inquérito que acusa o presidente Michel Temer de beneficiar empresas amigas por meio do “decreto dos portos”, que estendeu a concessão a companhias portuárias.

O depoimento está marcado para as 11h, mas deve acontecer mais tarde, uma vez que Occhi está fora de Brasília pela manhã, como o próprio presidente da Caixa disse ao blog de Andréia Sadi.

Apurações internas do próprio banco federal apontam que Occhi teria procurado o ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, para atender demanda da Rodrimar, empresa também investigada no inquérito.

Um relatório recente da Polícia Federal do fim do ano passado apontou como “necessária” a quebra de sigilos fiscal e telefônico do presidente Temer e de ministros cujas condutas também são apuradas, como Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

O inquérito investiga a edição de um decreto pelo presidente que beneficiou empresas que atuam no porto de Santos. Temer assinou a nova lei em maio de 2017 e ampliou as concessões para companhias que já atuam no setor de 25 para 35 anos, prorrogáveis por até 70 anos.

Uma das empresas beneficiadas seria a Rodrimar, que teria feito lobby junto ao ex-assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures (MDB), que correu com a mala de dinheiro da JBS em outro caso.

A investigação foi aberta depois que interceptações telefônicas identificaram conversas suspeitas entre Rocha Loures e um diretor da Rodrimar, Ricardo Mesquita.

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