TRF-2 determina volta de Adriana Ancelmo à prisão

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 23/11/2017 17h56 - Atualizado em 23/11/2017 19h45
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo foi condenada por lavagem de dinheiro e associação criminosa

Após desfrutar de prisão domiciliar por quase oito meses, a ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo vai voltar para a cadeia. Nesta quinta-feira (23), os desembargadores da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), determinaram, por 3 votos a 2, que a esposa de Cabral cumpra pena em regime fechado. 

O advogado de Adriana, Renato Moraes, defendeu que a ex-primeira dama não oferecia risco algum para a sociedade e informou que entrará com recurso nos tribunais de Brasília. A procuradora da República Mônica de Ré disse que a legislação que aplica o benefício para mães de menores de 12 anos “não é uma tábula rasa” e que outros fatores deveriam ser considerados para a sua concessão. “Podíamos entrar no Supremo com pedidos para que todas as rés nessa situação fossem soltas, mas não é assim. Devem ser levados em conta outros requisitos”, disse a procuradora, ressaltando que os filhos do casal têm assistência de familiares, estão em bons colégios e têm acompanhamento médico.

O pedido da cassação da prisão domiciliar da ex-primeira-dama do Estado foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). Na manifestação, os procuradores sustentaram que a concessão do regime domiciliar “representa enorme quebra de isonomia, num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício”.

A Primeira Turma Especializada do TRF-2 já havia determinado o retorno de Adriana para uma unidade prisional no dia 26 de abril Porém, como a decisão dos desembargadores não foi unânime, ela não foi cumprida na ocasião. A lei processual prevê a possibilidade do recurso chamado embargos infringentes no caso de divergência do colegiado julgador e, por isso, Adriana conseguiu permanecer em prisão domiciliar até esta quinta.

Adriana Ancelmo foi presa em 2016 durante a Operação Calicute. A ex-primeira dama foi condenada a 18 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa ao esquema de corrupção comandado pelo marido e ex-governador, Sérgio Cabral. 

Presa em Benfica

Assim como Cabral, Picciani, Garotinho e Rosinha, Adriana Ancelmo também ficará reclusa no presídio José Frederico Marques, em Benfica.

 

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